Golpe de 1964
"E eu ali, sozinha, nua. Só eu e a cobra. Eu e o medo. O medo era ainda maior porque não via nada, mas sabia que a cobra estava ali, por perto. Não sabia se estava se movendo, se estava parada."
... berrava [o sanguinário] Fleury, enquanto seus auxiliares introduziam, lentamente, o fio na uretra de Fernando. A corrente elétrica, ligada, explodiu em dor os limites de sua resistência
Ele tirou os sapatos e enfiou a mão por entre as pernas de Ieda, alcançando sua vagina. "Me dê choque, me bata, mas não façam isso comigo", suplicou a moça, desesperada, em vão. O estuprador era o temível Capitão Lisboa
"A pior coisa que tem na tortura é esperar, esperar para apanhar. Eu senti ali que a barra era pesada. E foi. Também estou lembrando muito bem do chão do banheiro, do azulejo branco. Sangue, sujeira..."
DA REDAÇÃO | Como parte do relato que fez em 2013 na Assembleia Legislativas do Rio de Janeiro, a pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas Dulce Pandolfi conta que:
"E os meus filhos me viram dessa forma. Eu urinada, com fezes. Enfim, o meu filho chegou para mim e disse: Mãe, por que você ficou azul e o pai ficou verde?'"
"Filósofo" lembra que o período militar recente no Brasil (1964-1985) foi planejado durante dois anos antes que fosse posto em prática. Na atual conjuntura, "só Bolsonaro e lunáticos defendem tal proposição"
O chamado regime militar compreende no Brasil ao período de 1964 a 1985. Teve cinco generais à frente da presidência da república, nenhum eleito pelo voto direto do povo, evidentemente: Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Hernesto Geisel e João Figueiredo. Afora centenas de outros mortos e desaparecidos, confira abaixo alguns horrores contra...