CNTE exige que instituto divulgue com urgência as informações pendentes para evitar maiores prejuízos à educação básica do país
Advogado explica abono de férias sobre 45 dias ou mais
No caso dos professores, o que vale é o que está na lei dos planos de cargos, salários e carreiras de estados, DF e municípios. Se a legislação diz que o descanso anual é de 45 dias ou até dois meses, o terço constitucional deve ser pago com base nesse tempo de férias. É o que podemos chamar de direito líquido e certo. Se o ente não paga, a justiça, acionada, obriga, inclusive com juros e correção monetária relativos aos últimos 5 anos.
Educação | Muitos professores nos questionaram sobre matéria postada ontem (23) acerca do abono de férias da categoria, em particular calculado sobre 45 dias e não 30, como costumeiramente ocorre. Como está explícito no texto, trata-se de decisão judicial, a partir do que no meio jurídico se chama "direito líquido e certo". Mais abaixo, o advogado Carlos N Moreira, consultado pelo Dever de Classe, traz mais esclarecimentos sobre tal questão.
Continua, após o anúncio.

Relacionadas:
- Professores ganham direito a abono sobre 45 dias de férias
- Abono de Férias do(a) professor(a) pode estar sendo pago a menos
- Após decisões favoráveis do TST e TJ-PI, professores de todo o País podem requerer abono de férias corrigido e retroativo aos últimos 5 anos!
- Há casos em que o Abono de Férias de professores deve ser pago com até 100% de diferença
- Piso, jornada extraclasse e abono de férias dos professores
Por que o abono de férias dos professores pode ser pago sobre mais de 30 dias, sendo que, no geral, férias são de apenas um mês?
O que vale é o que está escrito nos planos de cargos, carreiras e salários dos estados, DF e municípios. Férias de 30 dias é a regra geral, para a massa de trabalhadores. No caso do magistério, no entanto, há casos em que o descanso anual é de 45 dias ou até dois meses. Nestes casos, o terço constitucional deve ser pago também em cima dessa quantidade de dias superior a um mês.
Muitos prefeitos e governadores não cumprem isso que o senhor diz. Alegam que férias são de apena um mês, e os demais dias de descanso que por venturam ocorram são "recessos"... (Ver resposta após anúncio).
Sim, descumprem. Mas volto a salientar que o que vale é o que está na legislação específica dos educadores nos estados, DF e municípios. O que o gestor diz não tem qualquer valor jurídico, isto nos casos em que a lei rezar que as férias são de 45 dias ou mais. É o que chamamos de "direito líquido e certo".
O que os professores devem então fazer para evitar perdas?
O mesmo que muitos já fizeram e fazem, como por exemplo esse caso postado aqui ontem (23) sobre os professores do Piauí que ganharam direito a abono sobre 45 dias. Eles simplesmente foram à Justiça e ganharam retroativos e direito a receber daqui para frente com base no que diz seu plano de carreiras e salários.
Qual o procedimento inicial?
Ir ao sindicato da categoria ou procurar um advogado particular. No caso desses docentes do Piauí, procuraram advogado particular. Mas qualquer opção resolve. E não demora muito tempo.
Compartilhe e curta abaixo nossa página no Twitter e Facebook, para receber atualizações sobre este tema. E aproveite também para deixar uma pequena doação ao nosso site.
Ajude com uma pequena doação de qualquer valor. Temos custos a pagar todos os meses e, para manter nossas publicações, precisamos de seu apoio. Se não quiser ou não puder doar, continue a nos acessar do mesmo jeito. Gratos.
Chave para PixE-mail: pix@deverdeclasse.org - João R P Landim Nt
Mais recentes sobre educação
Isenção de IR para professor e União bancar 1/3 do piso do magistério | Resultado de enquetes
Maioria dos internautas votou favorável aos dois temas de interesses dos profissionais do magistério
Após aval do STF para privatização de escolas no estado de São Paulo, prefeitos e outros governadores podem querer ampliar projeto para todo o país; iniciativa, a médio prazo, fará com que servidor público desapareça dos estabelecimentos de ensino; professores e demais funcionários serão contratados precariamente pelo setor privado