Isolados juntos, certamente também na cadeia
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Aborto legal, no hospital", gritava uma multidão à favor da medida. A vice-presidente do país — Cristina Kirchner — comandou a histórica sessão no Senado. Muita comemoração. Vitória das mulheres na Argentina deve repercutir no Brasil.
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Mundo | Acabou o aborto clandestino na Argentina. Em sessão histórica que durou 12 horas, as mulheres argentinas conquistaram na madrugada de hoje (30) no Senado o direito de abortar em qualquer situação, desde que até à 14ª semana da gravidez. Antes, interrupção no país só era permitida em casos de estupro e risco de morte da mãe.
O presidente Alberto Fernandez e a vice Cristina Kirchner foram favoráveis ao projeto. Cristina comandou a votação. Foram 38 votos a favor e 29 contra, além de 1 abstenção.
Festa é grande. "Aborto legal, no hospital", gritava uma multidão à favor da medida, enquanto alguns saíram cabisbaixos e lamentaram a derrota pelas ruas em algumas cidades do país.
Decisão deve repercutir no Brasil. Após o anúncio, vote na enquete e veja mais detalhes da importante decisão argentina.
Com a decisão do Senado argentino, acaba a criminalização e, naturalmente, abortos feitos em clínicas clandestinas e sem qualquer estrutura hospitalar no país. Tais procedimentos ceifavam a vida de muitas mulheres das classes sociais mais baixas ou, no mínimo, lhes deixava com sequelas graves para o resto da vida. As filhas da burguesia e da classe média alta não corriam esse risco, pois quando abortavam o faziam em estabelecimentos médicos com total segurança.
Histórica e importante decisão Argentina repercutiu no Brasil. Enquanto pelas redes sociais esquerda e progressistas comemoram, conservadores — ligados principalmente ao presidente Bolsonaro — dizem que senadores argentinos são criminosos. Os chorosos fazem parte da mesma turma que apoia assassinato e prisão de criança que rouba um biscoito em algum grande supermercado de nossas cidades.
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