Terror | Alguns tenebrosos fatos da ditadura militar no Brasil! Leia e compartilhe...
O chamado regime militar compreende no Brasil ao período de 1964 a 1985. Teve cinco generais à frente da presidência da república, nenhum eleito pelo voto direto do povo, evidentemente: Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Hernesto Geisel e João Figueiredo. Afora centenas de outros mortos e desaparecidos, confira abaixo alguns horrores contra quem, pelas ideias, contestava essa época de ditadura. A presidenta Dilma Rousseff (PT) foi uma das vítimas da política de terror dos militares, conforme relatado no item 10.
1. 1970 - Atentado terrorista que matou a secretária da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB
Em 27 de agosto de 1970, o sargento paraquedista Magno Catarino Mota ( à direita), mais conhecido como "Guarany, foi o portador de uma carta-bomba que matou Lyda Monteiro da Silva (acima), secretária de Seabra Fagundes, presidente do Conselho Nacional da OAB. O objetivo era assassinar Fagundes e intimidar a Ordem por empunhar as bandeiras da redemocratização do país e da punição aos culpados por violações aos direitos humanos.
2. 1981 - Atentado terrorista do Rio Centro para matar trabalhadores
Na noite do dia 31 de abril de 1981, militares do exército tentaram plantar bombas no Pavilhão do Rio Centro, onde se realizava um show em comemoração ao Dia do Trabalhador. Devido a contratempos, felizmente, o ataque foi frustrado e uma bomba acabou explodindo no carro conduzido pelo sargento Guilherme Pereira do Rosário e pelo capitão Wilson Dias Machado. O sargento morreu e o capitão ficou gravemente ferido. (Imagem: reprodução)
3. 1971 - Perseguição e morte de Carlos Lamarca
Capitão do Exército Brasileiro, Lamarca desertou e integrou o Vanguarda Popular Revolucionária - VPR, grupo de resistência ao regime militar. Passou então a ser perseguido e, em 17 de setembro de 1971, foi assassinado pelos militares no interior da Bahia. (Foto: reprodução)
4. 1969 - Emboscada e morte de Carlos Marighella, ex-estudante de engenharia e um dos principais combatentes comunistas do período da ditadura
Marighella chegou a ser considerado o inimigo número 1 da ditadura militar. Na noite de 4 de novembro de 1969, dentro de um fusca na Alameda Casa Branca, zona nobre de SãoPaulo, sofreu uma embosca a tiros por agentes do regime militar, comandados pelo terrível e sanguinário delegado Fleury. O guerrilheiro ainda reagiu mas foi morto. (Foto: reprodução)
5. 1969 - Assassinato do jornalista Wladimir Herzog, dentro dos porões da ditadura
Vladimir Herzog, quando morreu, tinha 38 anos de idade, era casado e pai de dois filhos, além ainda de ser Diretor de Jornalismo da TV Cultura. No dia 25 de outubro de 1975, foi encontrado morto nos porões do 2º Exército, em São Paulo. Militares ainda tentaram vender a ideia de que havia cometido suicídio, como rotineiramente faziam com os que torturavam e matavam em suas dependências. Mas depois descobriu-se que jornalista fora mesmo foi torturado e morto pelos militares.
6. 1969 - Prisão seguida de tortura e morte do religioso católico Freit Tito de Alencar
No dia 4 de novembro de 1969, Frei Tito foi preso pelo delegado Fleury, do Dops, sob a acusação de que mantinha contatos com Carlos Marighella e também se opunha aos horrores do regime militar. Na prisão, enfrentou: "pau-de-arara"; choques elétricos na cabeça, nos órgãos genitais, pés, mãos e ouvidos; socos, pauladas e palmatórias são apenas alguns dos métodos de tortura pelos quais Tito passou durante 48 horas. Além disso, foi preso na chamada "cadeira do dragão" e queimado com cigarros. No dia 10 de agosto de 1974, foi encontrado em Lyon, França, com o corpo suspenso por uma corda. (Foto: reprodução)
7. 1971 - Prisão e morte de Stuart Angel, estudante de Economia pela URFJ e militante do MR-8, organização que combatia pela esquerda o regime militar
Em 14 de junho de 1971, Stuart Angel foi preso e barbaramente torturado na Base Aérea do Galeão, Rio de Janeiro. A violência foi tamanha que chegaram a arrastá-lo amarrado a um carro pelo pátio do local. Depois, deram sumiço em seu corpo.
8. 1976 - Morte de Zuzu Angel, estilista e mãe do estudante Stuart Angel
Zuzu Angel era uma vanguardista da moda. Com a morte de seu filho, passou a cobrar das autoridades militares explicações sobre o seu assassinato e desaparecimento de seu corpo, chegando a levar o caso até aos Estados Unidos, uma vez que seu filho também tinha nacionalidade norteamericana por seu pai ser de lá. Na madrugada de 14 de abril de 1976, sofreu um "acidente" e morreu, no Rio de Janeiro. Em 2014, durante depoimento prestado à Comissão da Verdade, o ex-delegado do DOPS do Espírito Santo, Cláudio Guerra, afirmou que o coronel Freddie Perdigão Pereira, que atuou no Doi-Codi de São Paulo e na Casa da Morte de Petrópolis, e coordenou o atentado do Riocentro, provocou o acidente que resultou na morte da estilista Zuzu Angel.
9. 1976 - Morte do estudante secundarista Edson Luís, por protestar contra aumento de preços da comida no Calabouço, Restaurante Central dos Estudantes, no Rio de Janeiro
Em 28 de março de 1968, Edson Luís participava de um protesto contra o aumento do preço da comida no Restaurante Central dos Estudantes, Rio de Janeiro. A polícia foi acionada e matou Edson à queima roupa, com um tiro no peito. O estudante foi uma das primeiras vítimas fatais do regime militar.
10. 1970 - Tortura e interrogatório da então guerrilheira e depois presidenta da república Dilma Rousseff
"Uma das imagens mais representativas da ditadura é a que mostra a guerrilheira Dilma Rousseff, aos 22 anos, sendo interrogada na Auditoria Militar do Rio de Janeiro, em 1970. Enquanto ela, após 22 dias sendo torturada, aparece de cabeça erguida, dois de seus interrogadores, vestindo uniformes militares, cobrem os rostos com as mãos, para não serem identificados".
Com informações de: Comissão Nacional da Verdade, Wikipédia, Barsa e site: limpinhoecheiroso.com