O mestre em Física e doutor em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) — Nelson Cardoso Amaral — explica a questão
Diferença em SP será pequena e Boulos tende a vencer
Pesquisas a favor de Nunes não dizem muita coisa, pois têm errado muito, inclusive em relação a esse próprio candidato. Um dia antes da eleição do primeiro turno, o emedebista sequer passaria para a segunda rodada, segundo consulta do importante instituto Atlasintel. Outros relevantes fatores também indicam a virada e vitória do candidato do PSOL.
Compartilhe!
Apoie o Dever de Classe ou a página será desativada, pois não temos patrocinadores e estamos com dificuldades para atualizar o site regularmente! A hospedagem, template e o domínio são pagos. Além disso, há também custos com edição, internet, aplicativos de imagens e assinatura de outros portais, onde buscamos informações para melhor lhe apresentar nossas publicações. Passe um pix de qualquer valor para pix@deverdeclasse.org (João R P Landim Nt) Recomendado, pois vem na íntegra, sem cobrança de taxas.
Ou:
Pix Vakinha
3435969@vakinha.com.br
João Rosa Paes Landim Neto
Pix PagBank
contato@deverdeclasse.org
João Rosa Paes Landim Neto
quatro dias das eleições de segundo turno na cidade de São Paulo, alguns fatores levam a crer que a diferença entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) será pequena, com chances reais e maiores para o candidato da esquerda ficar em primeiro lugar. Vamos a alguns porquês.
Os direitistas cantam "vitória antecipada". Para tanto, apontam pesquisas que mostram Nunes com "considerável vantagem", na tentativa de contagiar a população, sobretudo os indecisos, com o clima do "já ganhou". Será?
Nos bastidores e na prática, contudo, eles próprios admitem e sabem que a coisa não é bem assim. Em relação a pesquisas, citamos abaixo apenas um fato, que eles conhecem muito bem.
No sábado que antecedeu o primeiro turno, o importante instituto Atlasintel deu o próprio Nunes com apenas 20% das intenções de voto, muito atrás de Boulos (32,3%) e Marçal (30%). Por tal consulta, o emedebista sequer teria passado para a etapa das eleições que encerra no domingo.
Isto mostra que pesquisas erram muito. E, muitas vezes, erram muito feio. Não é, portanto, resultados de institutos que determinam — por antecipação — quem vai ganhar ou perder um pleito eleitoral.
Outro ponto importante nessa disputa, indicativo de que a coisa não está nem um pouco definida — é o comportamento de Nunes, Tarcísio et caterva nos últimos dias.
Embora publicamente arrotem o "já ganhou", têm demonstrado na prática muita apreensão, a ponto do emedebista assediar moralmente e em público servidores municipais, no sentido de que votem nele. Por quê?
Ora, se pesquisas mostram "diferenças de até 12%" a favor do atual prefeito, "vitória tranquila", por que iria perder tempo e cometer o crime de assediar funcionários que, somados, numericamente não andam nem perto desse percentual?
Também foram buscar apoio explícito do Bolsonaro que, como se sabe, tem forte rejeição na capital paulista. Nunes e Tarcísio ficaram loucos? Se a eleição está garantida, para que iriam atrás do capitão, sob o risco de a coisa dar errado?
Pode até não parecer, mas é desespero de quem sabe que o espectro da derrota está a rondar suas cabeças. Ou alguém acredita que não?
Outro elemento da mais altíssima relevância é o fato inconteste de que Boulos e a coligação que o apoia, com o presidente Lula, inclusive, são literalmente o que se pode chamar de pesos-pesados em qualquer eleição na capital paulista. Na verdade, isto é o que tem tirado o sono do atual prefeito e seus comparsas.
Nessa reta final, por fim e portanto, a militância de esquerda certamente dobrará os trabalhos e levará Guilherme Boulos à vitória, contrariando pesquisas. Diferença pequena. Mas o candidato do PSOL tende a vencer e assumir a prefeitura da capital paulista.
Compartilhe
Tópicos relacionados:
Mais recentes sobre o tópico Educação:
Censo 2022 revela que pessoas quilombolas a partir dos 15 anos eram 2,7 vezes mais analfabetas do que a população residente no Brasil
Duas resoluções sobre o tema foram publicadas pelo MEC, através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
"Não é novidade, infelizmente, que vários sistemas públicos de ensino passaram a adotar estratégias perversas para aumentar suas notas"