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Carnaval ficou 15,5% mais caro nos últimos 12 meses, diz economista
Pesquisa focou em 26 itens. Da alimentação fora de casa, cerveja, remédio para ressaca a passagens aéreas — tudo subiu de preço.
Economia | O brasileiro em geral gosta de carnaval, talvez a festa mais popular do mundo e o "maior espetáculo da Terra", como disse Caetano Veloso na música "É Hoje", lançada em 1983. Mas participar dos três dias de festa neste ano está bem mais caro.
Tudo subiu
Estudo do economista Matheus Peçanha — do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) — revela que entre 26 itens pesquisados, aumento nos últimos doze meses foi de 15,5% — acima da inflação de 4,62% registrada no período. Da alimentação fora de casa, cerveja, remédio para ressaca a passagens aéreas — tudo subiu de preço. Ao final da matéria, confira lista com produtos pesquisados.
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"Demanda reprimida"
Segundo matéria do O Globo (12), o economista Matheus Peçanha diz que carestia é consequência de "demanda reprimida":
"— Ao longo de 2022, essa demanda crescente aumentou a pressão nos preços de serviços, como alimentação em bares e restaurantes, que durante a pandemia não puderam ser reajustados. É natural uma pressão maior de preço. A gente vinha com custos muito pressionados em 2020 e 2021 e no ano passado uma demanda crescente, aquecida, mesmo com a população em média com uma renda bem debilitada — analisa [o economista Matheus Peçanha].
Juros altos
A nosso ver, no entanto, alta de 15,5% nos itens pesquisados pelo economista do IBRE não é consequência apenas de "demanda reprimida" por conta da pandemia de Covid 19. A carestia na verdade é resultado da política neoliberal aplicada pelo ex-ministro de Bolsonaro Paulo Guedes, que deixou um legado ruim para a economia brasileira. Sua política de juros — 13,75% ao ano, é índice mais alto do planeta. "Não há como ter preços mais baixos em qualquer país com esse tipo de prática", explica o economista Herculano B Neto, consultado pelo Dever de Classe.
O que mais subiu, segundo a pesquisa do economista do IBRE:
- Passagens áreas: 58,83%, a maior alta entre os 26 itens pesquisados.
- Viagens interurbanas de ônibus: 6,44%;
- Reservas de hotel (9,85%);
- alimentação fora de casa: 7,71%;
- cerveja: 7,54%;
- Água mineral e os refrigerantes subiram 8,17%;
- Gastroprotetores: 6,77%, que incluem remédios para o fígado, aliados na ressaca;
- Anticoncepcionais, como os preservativos: 11,57%.
Com informações de O Globo (12/02/2023).
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