CNTE exige que instituto divulgue com urgência as informações pendentes para evitar maiores prejuízos à educação básica do país
Bolsonaro ameaça criar dez "novas" universidades e institutos federais sem nenhuma vaga para aluno
Com iniciativa, 2.912 novos cargos serão disponibilizados nas bases de parlamentares aliados do governo, a partir do desmembramento de instituições já existentes. É mais reforço para as eleições de 2022.

Educação | O presidente Jair Bolsonaro está em plena campanha para as eleições de 2022. E seu foco persecutório no momento é a educação. Após propor surrupiar precatórios dos professores para financiar o programa eleitoreiro "Auxílio Brasil", capitão ameaça agora criar "dez" novas universidades e institutos federais de educação a partir do desmembramento de instituições desse tipo já existentes em regiões do País.
Sem aluno e com o centrão
Detalhe curioso do projeto: não há previsão de nenhuma nova vaga para aluno. Em "compensação", contudo, 2.912 novos cargos serão disponibilizados nas bases de parlamentares aliados do governo. Ciro Nogueira (PP-PI) — ministro da Casa Civil e líder máximo do centrão — é um dos mais beneficiados pela medida anunciada pelo governo a um ano das eleições de 2022.
Críticas
Reitores e estudantes criticam o projeto, conforme podemos ver após o anúncio.
Ciro Nogueira e o centrão são os maiores beneficiados
O atual ministro da Casa Civil e líder máximo do centrão — Ciro Nogueira (PP-PI) — é um dos maiores beneficiados com o projeto de expansão fajuta de universidades e institutos federais já existentes. A Unifesspi, no Piauí, segundo matéria do Globo (25) "será composta pelos campi de Picos, Bom Jesus e Floriano, que pertenciam à UFPI. Tanto a estrutura física quanto de pessoal será aproveitada, incluindo o corpo docente. No entanto, haverá criação de cargos para administração da nova universidade. Os postos de coordenação de curso, direção e funções gratificadas serão remanejados ao MEC para que a pasta decida sobre elas."
O mesmo tipo de presente será dado a aliados do presidente Jair Bolsonaro no Amazonas, Maranhão, Mato Grosso e Espírito Santo.
Firula
Para a estudante Bruna Brelaz, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), expansão de universidades e institutos federais proposta por Bolsonaro não passa de firula.
— Qualquer tipo de desmembramento tem que estar ligado a ampliação de vagas na universidade. Fazer um movimento de dividir uma universidade, só visando garantir mais cargos, não cumpre nenhum papel — afirma, segundo também O Globo. Continua, após o anúncio.
Reitores contra
Marcos David — presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) — também é contra a proposta:
— O processo de expansão deve ser debatido com as universidades e defendemos a recomposição para orçamento compatível com as necessidades, prinicipalmente nesse cenário de retomada das atividades presenciais. O orçamento em 2021 é 16% menor que 2020, isso está cobrando o preço agora — argumenta, ainda de acordo com O Globo.
Compartilhe e curta abaixo nossa página no Twitter e Facebook, para receber atualizações sobre este tema. E aproveite para deixar também uma contribuição para o nosso site.
Faça uma pequena doação de um valor qualquer para que possamos continuar a manter este site aberto. Caso não possa ou não queira colaborar, continue a nos acessar do mesmo jeito enquanto estivermos ativos. Gratos.
Chave para Pix
E-mail: pix@deverdeclasse.org - João R P Landim Nt
Mais recentes sobre educação...
Isenção de IR para professor e União bancar 1/3 do piso do magistério | Resultado de enquetes
Maioria dos internautas votou favorável aos dois temas de interesses dos profissionais do magistério
Após aval do STF para privatização de escolas no estado de São Paulo, prefeitos e outros governadores podem querer ampliar projeto para todo o país; iniciativa, a médio prazo, fará com que servidor público desapareça dos estabelecimentos de ensino; professores e demais funcionários serão contratados precariamente pelo setor privado