Portaria do Ministério da Educação apressa o cumprimento logo em janeiro. O Dever de Classe questionou o ministro Camilo Santana sobre a demora do anúncio, assessoria respondeu
Dez razões para que aulas não reiniciem enquanto pandemia não estiver rigidamente controlada
Não faz o menor sentido arriscar a vida de milhões de professores e alunos para atender a interesses deste ou daquele político ou de grupos econômicos.
COMPARTILHE!
Publicidade
Educação | O Dever de Classe fez um levantamento dos principais argumentos científicos sobre por que não é sensato reiniciar aulas em nosso País antes que a pandemia de coronavírus esteja rigidamente controlada.
Pontos foram submetidos via Messenger à apreciação de vários profissionais do magistério, das mais diversas disciplinas.
Foi quase unanimidade que escolas não podem reabrir agora porque não faz o menor sentido arriscar a vida de milhões de professores e alunos para atender a interesses deste ou daquele político, mesmo que seja o Presidente da República ou o Ministro da Educação. Veja, após o anúncio.
Leia também:
- Professores estão entre os profissionais mais vulneráveis à Covid-19, diz médico
- No máximo morrerão uns 40 mil, afirma ministro da Educação ao pedir reabertura das escolas
- Biólogo alerta sobre perigo de voltar às aulas antes do segundo semestre
- Escolas reabrem e fecham novamente na França, após dezenas de novos infectados por coronavírus
10 razões para não reabrir escolas agora
1. Crianças, segundo os mais variados profissionais médicos, são vetores fáceis do vírus, pois geralmente não apresentam sintomas graves ou mesmo leves da doença. Dentro do espaço fechado de uma sala de aula, basta um para contaminar muita gente.
2. Professores, em grande, parte, estão nos grupos de risco, pois muitos têm doenças respiratórias, diabetes e outras. Logo, podem se contaminar e até morrer com mais facilidade. E há também os demais profissionais do magistério, inúmeros também com doenças preexistentes. Continua, após o anúncio.
3. Pelas condições objetivas de nossas escolas, não é possível manter uma distância segura entre professores e alunos, principalmente nas salas de aula com mais de 30 estudantes. Leia mais sobre isto AQUI.
5. Ainda não há no mercado equipamentos de segurança suficientes, como máscaras, por exemplo, que possam ser adquiridas e usadas por todos dentro do ambiente escolar. Sob esse aspecto, há também o agravante das condições financeiras ruins das famílias de milhões de alunos que não têm condições de comprar tais dispositivos.
6. O potencial de atendimento médico e hospitalar do País, no SUS ou rede privada, não é capaz de atender a população caso ocorra uma contaminação em massa ou pelo menos mais vigorosa do que já vimos até aqui. Continua, após o anúncio.
7. Ainda não há em nenhum canto do mundo uma vacina ou qualquer remédio seguro contra a pandemia.
8. Os que defendem a reabertura geral de tudo, incluindo as escolas, o fazem a partir de interesses políticos e econômicos pessoais. Ou seja, pouco se importam com quem vai se contaminar e morrer.
9. É consenso no mundo todo, entre cientistas das mais variadas áreas médicas, que as escolas estão entre os locais mais propícios à disseminação da doença.
10. Preservar a vida de milhões de alunos, professores e demais profissionais do magistério vale mais que qualquer ano letivo ou interesses econômicos e políticos de quem quer que seja.
COMPARTILHE!
Faça uma pequena doação de qualquer valor, para ajudar a cobrir os custos de manutenção do site. Caso não possa ou não queira colaborar, continue a nos acessar do mesmo jeito enquanto estivermos ativos. Gratos.
Curta nossa página e receba atualizações sobre este e outros temas!
Anúncio
Mais recentes...
MEC, apenas para atendar protocolo que se tornou tradição, deverá editar Portaria em breve para ratificar o que estabelece a lei nº 11.738/2008
Reajuste de 6,27% e valor mínimo de R$ 4.867,77 estão assegurados na lei federal 11.738/2008; prefeitos e governadores são obrigados a cumprir
O que houve no 8 de janeiro de 2023 no Distrito Federal com a horda de bárbaros invadindo e depredando os prédios dos três poderes — mobilizados, financiados e "convidados" para a "festa da Selma" — pode ser considerado como o "resumo compacto do governo Bolsonaro..."
Na Nota Pública onde divulgou o índice de atualização (6,27%) e o novo valor do piso nacional — R$ 4.867,77 —, a principal entidade representativa dos profissionais da educação expôs também ações que podem ser feitas contra gestores caloteiros
A COPa beirando a MESA
O trabalho Informal no Brasil ocupa hoje mais de 40% do mercado produtivo