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Jair Bolsonaro sabe que avançou demais em crimes, arruaças, corrupção e desmantelo nessa sua escalada aventureira na presidência da república. Por isso, afirma que agora só lhe resta a prisão, morte ou vitória. Com outras palavras, quer dizer: ou me derrubam ou endureço o regime.
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Política | Por *Landim Neto. Dia 7 de setembro próximo será um daqueles dias em que "poderá acontecer tudo, inclusive nada". Jair Bolsonaro ameaça golpe, depois diz que não, ameaça de novo, enfim...
Enquanto isso, parte da esquerda quer aguardar os fatos para ver como é que fica. Outra, não crê que o capitão seja capaz de impor uma ditadura. E uma terceira defende que é melhor dar mais atenção ao que Bolsonaro diz.
Entendimentos diversos à parte, o fato concreto nessa história é que Jair Bolsonaro sabe que avançou demais em crimes, arruaças, corrupção e desmantelo nessa sua escalada aventureira na presidência da república.
Como consequência — e não à toa — afirma que agora só lhe resta a prisão, morte ou vitória. Com outras palavras, talvez queira dizer: ou me derrubam ou endureço o regime. Continua, após o anúncio.
Endurecer ainda mais o regime, de fato, parece ser a alternativa, a única alternativa — que Jair Bolsonaro enxerga para si e seus familiares, em particular os quatro zeros.
E governar sozinho é o sonho delirante de todo ditador, profissional ou não, como é o caso dele mesmo Jair.
Ademais, Bolsonaro não é daqueles que aceita prisão ou trabalha com hipótese de abraçar a morte passivamente. Não. Sempre foi avesso ao contraditório. Nunca seguiu a disciplina e hierarquia militares nem nos quarteis de onde foi expulso.
Dos três fins que ele mesmo elencou, Bolsonaro só vislumbra a vitória. Ele já deu muitas provas de que sua visão é bastante seletiva em relação a isso.
Dessa forma, sabe que precisa dar um golpe maior do que os dados em 2016 e 2018, contra Dilma e Lula, respectivamente, o que prejudicou a maioria da população. Pois sabe também o capitão que, sem um golpe mais duro, seu destino e de sua filharada pode ser a prisão.
Conseguirá dar um golpe com apenas cerca de 25% de apoio popular? Não se sabe. Sabe-se — ou presume-se — apenas que ele não parece querer vacilar em relação a tal intento.
Dia 7 de setembro, de fato, pode ser mesmo só um daqueles dias onde pode acontecer tudo, inclusive nada.
O conjunto da esquerda, no entanto, não precisa ficar somente à espera do que pode ocorrer. Ou poderá ter uma surpresa muito desagradável. Não parece haver meio termo para o capitão.
*Landim Neto é editor do Dever de Classe
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O parlamentar do PSOL ficará, independentemente de qualquer desfecho!
Nos prognósticos do senador, petista estará acabado em 2026, inclusive no Nordeste; previsão parecida ele fez também em 2022 e, em seu próprio estado (Piauí), Lula ganhou em todos os municípios