Valor é 5,03 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.302,00 neste 2023. Uma diferença e tanto.
Dinheiro esquecido em bancos não será confiscado pelo governo
Secom da Presidência da República informa em nota que os donos dos recursos poderão pedir o saque, mesmo após a incorporação do dinheiro às contas do Tesouro Nacional
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ão é verdade que o Governo Federal confiscou ou confiscará dinheiro esquecido em bancos por muitos brasileiros, cerca de R$ 8,56 bilhões. Nota da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) informa que "os donos dos recursos poderão pedir o saque, mesmo após a incorporação do referido dinheiro às contas do Tesouro Nacional."
Sobre o tema, matéria da Agência Brasil desta sexta-feira (13) esclarece:
"A transferência dos recursos ao Tesouro Nacional consta do projeto que compensa a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de 156 municípios, aprovado de forma definitiva pela Câmara dos Deputados na quinta-feira (12). Os R$ 8,56 bilhões comporão os R$ 55 bilhões que entrarão no caixa do governo para custear a extensão do benefício.
No comunicado, a Secom destacou que a previsão para incorporação desses recursos pelo Tesouro Nacional está prevista em legislação há mais de 70 anos, por meio da Lei 2.313 de 1954. O texto esclarece que, diferentemente de um confisco tradicional, os cidadãos poderão reclamar os valores esquecidos.
O Ministério da Fazenda, informou a Secom, publicará um edital no Diário Oficial da União com informações sobre os valores a receber. O recolhimento poderá ser contestado pelos que tiverem direito.
Contabilização
O Banco Central e o Ministério da Fazenda divergem sobre a forma de contabilizar os valores esquecidos. Para o BC, a transferência dos valores esquecidos para o Tesouro não representa um esforço fiscal porque não resulta de economia de recursos do governo, mas de dinheiro dos correntistas. Haddad diz que há precedentes que permitem a inclusão dos R$ 8,5 bilhões deixados de lado no sistema financeiro na meta fiscal de déficit primário zero para 2024.
Na última quarta-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que existe precedente que permite a inclusão dos R$ 8,5 bilhões para reforçar as contas do Tesouro Nacional. O ministro citou o caso dos R$ 26,3 bilhões parados no antigo fundo PIS/Pasep.
No fim de 2022, a emenda constitucional da transição autorizou a transferência do dinheiro para o Tesouro Nacional. A Fazenda considera que o dinheiro reforçou o caixa do governo em 2023, mas o BC não reconheceu o valor, o que levou à maior divergência entre as estatísticas dos dois órgãos da história."
Fonte: Agência Brasil, 13/09/2024
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