Quase 80% das famílias estão endividadas no Brasil

11/10/2022

Quantidade de inadimplentes também aumenta e bate marca histórica. Dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

EconomiaO efeito dominó da gestão econômica desastrosa de Bolsonaro continua castigando as famílias brasileiras, que estão endividadas e não conseguem pagar as contas diante da infinita carestia no país.

O endividamento dos brasileiros e brasileiros é tamanho que atinge quase 80% das famílias do país e, principalmente, as famílias de baixa renda, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Nos lares com renda inferior a 10 salários mínimos, o endividamento superou os 80% pela primeira vez.

Outra informação da pesquisa é de que as mulheres estão mais endividadas que os homens, com percentual de 80,9% para elas e, para eles, de 78,2%.

Desemprego, arrocho salarial e carestia — agravados no governo Bolsonaro — são os principais elementos que conduzem ao endividamento dos brasileiros. Imagem: Canva.
Desemprego, arrocho salarial e carestia — agravados no governo Bolsonaro — são os principais elementos que conduzem ao endividamento dos brasileiros. Imagem: Canva.

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Inadimplência também nas alturas

A inadimplência também cresceu no Brasil, com novo recorde de pessoas que atrasaram o pagamento de contas de consumo ou de dívidas. Pelo menos 30% do total de famílias no país não conseguem pagar em dia as contas.

A terceira alta consecutiva levou o indicador ao maior percentual da série histórica, iniciada em 2010. Ao contrário do endividamento, o ritmo de aumento da inadimplência foi alto. Em 12 meses, o indicador de dívidas atrasadas cresceu 4,5%, a maior taxa anual desde março de 2016.

Em entrevista ao G1, a economista da CNC responsável pela apuração, Izis Ferreira, atribui o aumento às altas taxas de juros, que encarecem as dívidas já contraídas.

Segundo a entidade, as taxas de juros nas linhas de crédito para pessoas físicas cresceram 13,5 pontos percentuais em um ano, chegando à média de 53,9%, a maior taxa desde abril de 2018.

Os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da CNC, são referentes a dívidas a vencer no cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa.

Fonte: pt.org.br


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