CNTE exige que instituto divulgue com urgência as informações pendentes para evitar maiores prejuízos à educação básica do país
Novo Ensino Médio é sinônimo de mais doenças para os professores
A fragmentação oriunda das novas disciplinas leva o docente a mais tarefas, isto é, a maior desgaste do corpo e da mente.
EDUCAÇÃO | Segundo análise do professor Fernando Cássio — doutor em ciências pela Universidade de São Paulo (USP) —, o novo Ensino Médio quintuplicou o trabalho docente. Análise do educador — em artigo na Folha de S.Paulo (24/03) — mostra que tal elevação das atividades dos professores ocorre por conta da fragmentação curricular dos "itinerários formativos", as famosas e novas mini disciplinas que estão sendo criadas nas redes de ensino para os educadores ministrarem.
Vulnerabilidade a doenças
Mais tarefas é sinônimo de mais desgaste do corpo e da mente e, consequentemente, ainda mais vulnerabilidade a doenças, conforme explica após o anúncio a médica Carmem N Nogueira, consultada pelo Dever de Classe.

Por que o novo Ensino Médio pode agravar ou trazer problemas de saúde aos professores?
O que tem sido divulgado é que a fragmentação de novas disciplinas acarreta como consequência imediata mais trabalho em sala de aula ou em casa para os docentes que atuam nessa etapa da educação básica. Isto certamente, já a curto prazo, vai impactar de forma negativa na saúde dos professores.
Leia também: Alto estresse da sala de aula pode comprometer até o desempenho sexual dos professores
Explique melhor...
Tradicionalmente, devido ao ofício, às condições ruins de trabalho e à carga horária excessiva, os professores estão mais expostos a três tipos básicos de problemas:
- garganta, devido ao excesso de uso da voz;
- coluna, devido ao esforço repetitivo durante exposições em sala de aula; e
- distúrbios psicológicos, devido ao estresse natural de lidar com turmas numerosas de 30, 40 ou até mais alunos.
Se esse novo Ensino Médio vai na prática aumentar a atividade docente, é óbvio que os problemas relacionados a doenças também tendem a crescer.
Continua, após o anúncio.
O que deve ser feito para resolver ou amenizar a situação?
O correto é o governo federal rever essa reforma imediatamente, no sentido de revogá-la e apresentar uma outra — construída com debate com os próprios educadores. Enquanto isso, docentes devem tomar medidas preventivas que já conhecem, como:
- Tomar água pura antes e durante as aulas;
- Evitar o fumo, bebida alcoólica em excesso e comidas muito gordurosas, salgadas ou com açúcar além da conta;
- Fazer exercícios físicos moderados;
- Dormir pelo menos oito horas diárias;
- Tentar relaxar ao máximo — para encarar com serenidade o estresse natural do contato com os alunos; e
- Não se automedicar. Diante de sintomas relacionados a qualquer problemas, o correto é procurar ajuda médica imediata.
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