Procurador da república diz que é possível anular o golpe e restabelecer o voto dos mais de 54 milhões que acreditaram em Dilma em 2014! Saiba mais...
"Volta de Dilma é imperativo, é a partir daí que a gente volta a conversar, a definir o que queremos para revigorar a democracia. Não podemos vacilar agora. Num duelo, quem vacila leva o tiro"
Da Redação | O jurista e procurador da república Eugênio Aragão participou de debate em São Paulo na última terça-feira (10) e, num discurso para lá de firme, disse que é possível e necessário anular o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff (PT) e restabelelcer o voto dos mais de 54 milhões de pessoas que votaram na petista em 2014. Aragão declarou ainda que Temer é um inimigo e, por isso, deve ser tratado como tal. Oposição se faz é a quem respeita a democracia, o que não é o caso de Temer, ponderou o jurista, que o foi o último ministro da Justiça de Dilma.
No debate, organizado pelo Partido da Causa Operária - PCO - esteve presente também Rui Pimenta, dirigente deste partido, a enfermeira aposentada e militante do PT Edva Aguilar e a artista, compositora e ativista digital Malu Aires. O Encontro foi no Auditório da APEOESP, que ficou lotado.
Veja alguns trechos da fala do ex-ministro Aragão:
Sobre reverter o golpe:
"Se não tivéssemos condições de enfrentar a Globo, o Sergio Moro, Rodrigo Janot, Gilmar Mendes, não deveríamos estar aqui, e sim estar em casa, vendo novela", disse. "Mais do que acreditar nisso, temos de ter fé de que é possível a partir de uma consciência revolucionária. Não se trata de religião. Nossa fé é uma fé ditada, que nasce de um processo histórico, e a gente sabe que as coisas só mudam na luta. Não existe nada que é dado de graça."
Sobre Temer:
"Quando a democracia é derrotada, quem resiste é inimigo do golpe. Não temos de ser oposição a Michel Temer porque ele assaltou o poder e se comportou como inimigo, deve então ser tratado como inimigo."
Sobre a volta de Dilma e vacilações:
"Volta de Dilma é imperativo, é a partir daí que a gente volta a conversar, a definir o que queremos para revigorar a democracia. Não podemos vacilar agora. Num duelo, quem vacila leva o tiro."