No embate contra gestores caloteiros, entidades sindicais precisam usar vários tipos de recursos, todos imprescindíveis para que direito do magistério seja cumprido
Fuga de cérebros, educação pública e o Piauí tecnológico
Texto expõe contradições entre o que o governador Rafael Fonteles diz e o que faz em relação a avançar na educação básica pública estadual
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A fuga de cérebros é um processo caracterizado pela saída de profissionais qualificados de um país e/ou região em busca de melhores condições de vida. As causas da fuga de cérebros estão atreladas às condições insatisfatórias de emprego e renda presentes especialmente em países menos desenvolvidos." (Mundo Educação)
Explicado de forma simples e didática nas linhas acima, o conceito de "fuga de cérebros" está associado à perda de pessoas com habilidades técnicas e científicas construídas ao longo de anos de estudo e tão importantes em tempos de grandes transformações tecnológicas.
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O governo do Piauí cunhou a expressão "Piauí Tecnológico" e parece apostar em conectividade, inteligência artificial, inovação e etc. É possível perceber que são muitas as ações e falas institucionais sobre tais questões.
Mas, como no poema, "há distância entre a intenção e o gesto". Na rede básica de educação pública do estado do Piauí, no nível médio, que é responsabilidade do governo estadual, ocorre frequentemente a tal da "fuga de cérebros".
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Acontece que para profissionais dessa rede, ao cursarem mestrados e doutorados para melhorar técnica e cientificamente suas práticas e conquistarem novos títulos e dar mais consistência e atualidade para a própria formação, não percebem impacto ou melhora significativa nas condições de trabalho.
O Plano de Carreira dos professores do estado do Piauí não valoriza essas titulações, e isso tem grave consequência. Outras redes de ensino valorizam muito mais do que o governo do Piauí hoje. Exemplos: governo do maranhão, várias prefeituras no próprio Piauí, Institutos Federais e Universidades públicas e privadas. Dessa forma os profissionais mais preparados academicamente (com maior acúmulo técnico e científico) são atraídos por outras redes que pagam bem melhor.
A base mais sólida onde se sustenta a tecnologia é a prática científica. Encorajar que profissionais da educação básica sigam estudando e pratiquem a pesquisa científica por meio de mestrados, doutorados e pós-doutorados é fundamental para que a educação básica publica estadual sirva como consistente ponto de apoio para alavancar o desenvolvimento econômico, social com responsabilidade ambiental e qualidade de vida.
Pela imediata atualização do Plano de Carreira, valorizando os esforços acadêmicos dos profissionais e fortalecendo a escola pública.
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Segundo nota do próprio Sinte-Pi, "piso nacional do magistério será implementado apenas para quem ganha abaixo do valor [a ser] apresentado em 2025, o que irá aprofundar a desvalorização docente". A direção desse sindicato não tem capacidade de representar bem a categoria e está sempre sendo engolida pelo governo