Antonio Denarium (PP) é aliado de Bolsonaro e cita como (péssimo) exemplo cassinos instalados em reservas indígenas nos EUA.
Política | Era só o que faltava ou quando a emenda é pior que o soneto. Matéria deste domingo (29) na Folha de S.Paulo mostra o governador de Roraima — Antonio Denarium — tentando justificar o genocídio contra os Yanomami, se isentando de qualquer culpa e sugerindo uma saída para lá de infame para "resolver" o problema. Denarium é do Partido Progressista (PP) e aliado de Jair Bolsonaro.
"Os cassinos nos EUA ficam todos dentro de área indígena. Os hotéis de luxo próximos a Nova York ficam todos dentro de área indígena. Os indígenas ganham royalties", diz Denarium, segundo a Folha.
Na prática e com outras palavras, Denarium defende invadir ainda mais o território indígena e apagar também a cultura dos Yanomamis. Não basta só deixar morrer uns tantos.
Continua, após o anúncio.
Antônio Denarium tenta justificar o massacre deliberado contra os Yanomami dizendo que o problema não é de hoje. Com isso, busca tirar de foco as responsabilidades dele e do Bolsonaro:
"Foi dada publicidade há um problema que é recorrente há 20 anos. Estão criando um fato que não é de hoje", afirma, também de acordo com a Folha.
"Imagine você desempregado, pobre, passando fome, doente. Dentro da sua casa tem um quadro do Picasso que vale US$ 1 bilhão. O que você faria? Venderia. Aí pega o dinheiro e melhora sua qualidade de vida. Igual aos indígenas americanos."
A saída real — e que os indígenas querem e precisam — é o que fez o presidente Lula (PT) quando visitou recentemente Roraima: Lula declarou emergência em saúde pública e, com isso, proporcionou ajuda imediata para impedir que mais Yanomamis morram de desnutrição e doenças curáveis. O resto é coisa de gente sem noção, que nem esse governador bolsonarista.
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