"Enfiou a mão por entre as pernas de Ieda, alcançou sua vagina."

13/05/2018
David dos Santos Araújo, conhecido como Capitão Lisboa: acusado de praticar tortura, assassinatos e estupros durante a ditadura militar no Brasil
David dos Santos Araújo, conhecido como Capitão Lisboa: acusado de praticar tortura, assassinatos e estupros durante a ditadura militar no Brasil

Ele tirou os sapatos e enfiou a mão por entre as pernas de Ieda, alcançando sua vagina. "Me dê choque, me bata, mas não façam isso comigo", suplicou a moça, desesperada, em vão. O estuprador era o temível Capitão Lisboa 

DA REDAÇÃO | O depoimento abaixo foi dado por Por Tatiana Merlino, na página da Comissão da Verdade de São Paulo: 

Quando os homens já estavam dentro de sua casa, Ieda pensou em resistir. (...) Não houve tempo. Ela, sua irmã Iara e a mãe delas, Fanny, foram arrancadas de casa e levadas para a Oban (Operação Bandeirantes), em São Paulo.

(...)

Mãe e filhas foram separadas. Ieda foi levada para um banheiro, no segundo andar do prédio. Lá, havia uma cama e no lugar do colchão, uma tela e um cobertor. 

(...)

Ieda estava sentada na cama quando o movimento de homens no banheiro continuou. Um entrava depois do outro, uns dez no total. Um deles sentou-se ao seu lado, pressionando-lhe o corpo. Do outro lado, sentou outro, que usava um chapéu. "Era um homem asqueroso", recorda-se Ieda.

Ele tirou os sapatos e enfiou a mão por entre as pernas de Ieda, alcançando sua vagina. "Me dê choque, me bata, mas não façam isso comigo", suplicou a moça, desesperada, em vão. O homem [estuprador] era o delegado da polícia civil Davi dos Santos Araújo, conhecido no DOI-Codi como Capitão Lisboa.

O presidenciável Jair Messias Bolsonaro (PSL) é saudosista da ditadura militar no Brasil. Não à toa Guilherme Boulos (PSOL) já alertou que Bolsonaro não é um candidato. Bolsonaro é um bandido.

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