Bomba | R$ 0,46 para donos de caminhão e R$ 10 bi em impostos para o povo pagar! Leia e compartilhe...
Para baixar o óleo diesel em R$ 0,46, Temer anuncia mais impostos e cortes na saúde e educação, dentre outros. E tudo para não mexer nos lucros de empresas estrangeiras que controlam a Petrobrás
DA REDAÇÃO | As medidas anunciadas por Michel Temer (PMDB) para acabar a greve dos caminhoneiros na verdade vão cair como uma bomba na conta de milhões de brasileiros. A dispensa de impostos — como PIS/COFINS — para baixar o óleo diesel em R$ 0,46 na prática será revertida na criação de mais tributos para o povo pagar e em cortes já anunciados nos orçamentos da saúde e educação, dentre outros.
O rombo para os cofres públicos é de cerca de R$ 10 bilhões, segundo o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. E tudo porque Temer e Pedro Parente mudaram, desde 2016, a política de preços da Petrobrás, para permitir mais lucros para poderosas empresas internacionais, em particular norte-americanas.
De forma simplificada, ficou assim: se o governo quiser redução de qualquer preço nos combustíveis, terá que retirar do Orçamento da União o valor correspondente e enviar à Petrobrás, para que as empresas privadas que passaram a controlar a estatal não sofram redução em seus lucros. (Continua, após o anúncio).
Sobre essa nova política de preços da Petrobrás, a Associação dos Engenheiros da empresa — AEPET — destacou: "Ganharam os produtores norte-americanos, os "traders" multinacionais, os importadores e distribuidores de capital privado no Brasil. Perderam os consumidores brasileiros, a Petrobrás, a União e os estados federados com os impactos recessivos e na arrecadação. Batizamos essa política de "America first! ", "Os Estados Unidos primeiro!".
Mais impostos e cortes no setor social
Segundo matéria da Folha: "O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta segunda-feira (28) que o governo terá que bloquear R$ 3,8 bilhões em despesas do Orçamento de 2018 para subsidiar a redução de R$ 0,46 no litro do diesel. No total, segundo Guardia, o subsídio custará R$ 9,5 bilhões ao Tesouro." É menos recursos para saúde e educação, só para citar dois setores.
Já no Estadão (28), Guardia diz que: "A redução de imposto [para os caminhoneiros] tem que ser compensada com outro tributo. Ao invés de tributar PIS/Cofins, vou tributar outras coisas", afirmou. "As medidas podem ser majoração de impostos, eliminação de benefícios hoje existentes. O importante é que gerem o recurso necessário para a compensação". (Continua, após o anúncio).
Ou seja, é o povo — inclusive os próprios caminhoneiros que não são donos de frotas de caminhão — que vão pagar a conta das novas políticas de preços da Petrobrás. Ressalte-se que nessa polêmica toda os preços da gasolina e do gás de cozinha sequer foram tocados. O arrocho continua, portanto.
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