Grupo Folha, que envolve o PagBank, lançou neste domingo (17) mais três matérias onde sugere demissão e/ou corte salarial para 90% do funcionalismo
8 partidos 'fecham acordo' contra Pec 32
Mobilizações dos servidores, sindicatos e partidos de esquerda têm funcionado. Parecer do Relator Arthur Maia (DEM-BA) que seria votado pela manhã foi adiado para o início da noite.
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Economia | A votação do parecer do deputado Arthur Maia (DEM-BA) sobre a Reforma Administrativa — Pec 32 — do governo Bolsonaro fracassou novamente na Câmara. Deliberação agendada para hoje (22) pela manhã foi adiada para o início da noite.
Mobilizações dos servidores, sindicatos e partidos de esquerda têm funcionado. O resultado é tão satisfatório que 8 partidos 'fecharam acordo' contra o projeto: PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT, Rede, Solidariedade e PV.
Ao todo, tais partidos reúnem 145 votos contra a proposta. Segundo notícias de bastidores em Brasília, governo Bolsonaro já admite derrota em relação ao seu plano original de aniquilar os serviços públicos e o funcionalismo de todo o País. Continua, após o anúncio.
Deputado Rogério Correia (PT-MG) fala mais sobre a questão
🔸ENTREVISTA COLETIVA NA CÂMARA: “TODA A OPOSIÇÃO VOTARÁ CONTRA A PEC 32”
— ғʀᴇɴᴛᴇ ᴅᴏ sᴇʀᴠɪᴄ̧ᴏ ᴘᴜ́ʙʟɪᴄᴏ OFICIAL (@FrenteServicoP) September 22, 2021
✊🏾O coordenador Rogério Correia (PT/MG) da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público abriu a entrevista coletiva (21/09) sobre a PEC 32, que a oposição + Solidariedade e PV votarão contra a PEC 32. pic.twitter.com/p4xTUrxr0o
Após o anúncio, veja os pontos mais danosos da Pec 32 proposta por Jair Bolsonaro.
Os 7 pontos mais danosos da Pec 32
Projeto prevê:
redução salarial e de jornada do funcionalismo em até 25%. Isto, se aprovado, será uma arma poderosa para União, DF, estados e municípios chantagear o funcionalismo. Quando houver reivindicação por aumento de salários, eles poderão alegar uma "crise econômica" e ameaçar reduzir os ganhos do servidor.
terceirização e "voucherização" de serviços públicos, como saúde e educação. Ou seja, autoriza a privatização. Em vez de melhorar os salários e as escolas públicas, por exemplo, governos poderão dar um "voucher", isto é, um bônus para o aluno ir para escolas privadas. Com isso, adeus piso nacional do magistério.
demissão de servidor estável antes de decisão judicial transitada em julgado, o que contraria a Constituição de 1988. Continua, após o anúncio.
A Pec 32 também prevê:
avaliação subjetiva de desempenho com o fim de demitir servidores estáveis e de premiar os que tiverem apadrinhamento político. Dispositivo abrirá enormes espaços para perseguições políticas nos órgãos públicos. Na prática, é o fim da estabilidade do funcionalismo.
demissão automática de servidores que ocuparem cargos que forem julgados desnecessários por uma simples lei ordinária. Os atuais servidores que ocupam cargos que vierem a ser extintos serão colocados em disponibilidade, como nos tempos de Collor de Mello, na década de 1990.
contratação de servidores temporários, sem estabilidade e sem concurso público, por até dez anos, o que abre mais portas para apadrinhados políticos e esquemas de corrupção organizados muitas vezes pela via das Organizações Sociais (OSs).
vedação de direitos adquiridos dos atuais servidores, como adicional por tempo de serviço, férias de mais de 30 dias por período aquisitivo de um ano (prejudica em particular os professores), e muitas outras bombas mais. Continua, após o anúncio.
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