Greve Nacional pelo piso do magistério deve atrasar início do ano letivo em 2022

19/10/2021

Docentes lembram que em 2021 não teve aumento e que é preciso Greve Geral em todo o Brasil para garantir o reajuste de 31,3% previsto para o próximo ano.

Professoras Ana Brito e Albetisa Moreira creem na Greve Geral como método para convencer prefeitos e governadores a cumprir o que reza a lei do Piso Nacional do Magistério. Foto: arquivos Dever de Classe.
Professoras Ana Brito e Albetisa Moreira creem na Greve Geral como método para convencer prefeitos e governadores a cumprir o que reza a lei do Piso Nacional do Magistério. Foto: arquivos Dever de Classe.

Educação | O ano letivo de 2022 pode não iniciar, seja na forma híbrida, remota ou presencial. Professores de todo o país estão dispostos a lutar pelo reajuste previsto para o magistério no próximo ano, cujo percentual de correção é 31,3%. Estados e municípios, por sua vez, já iniciaram a costumeira e falaciosa ladainha de que não podem pagar.

As docentes Ana Brito e Albetisa Moreira, durante recente manifestação pelo Fora Bolsonaro em Teresina (PI), falaram ao Dever de Classe e apresentaram argumentos seguros sobre a necessidade de não iniciar o ano letivo de 2022. 

No entendimento correto da dupla de educadoras, a GREVE GERAL em todo o Brasil é o método mais eficaz para convencer prefeitos e governadores a cumprir o que diz Lei do Piso Nacional do Magistério. Após o anúncio, elas falam mais sobre o assunto.

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Parar geral

Profª Ana Brito. Arquivos Dever de Classe.
Profª Ana Brito. Arquivos Dever de Classe.

Professora Ana, o que deve ser feito a partir de agora para garantir os 31,3% previstos para o magistério em 2022?

Nós temos que começar a nos mobilizar, nós temos que chamar as direções dos sindicatos, do Sinte... Nós temos de ir pras ruas. Nós temos que inclusive não começar o período letivo de 2022.

Parar geral?

Sim. Nem aulas presenciais ou remotas. É preciso chamar todas as direções de sindicatos para reagir e exigir o piso de 2022, porque nós no Piauí, por exemplo, estamos no mínimo há três anos sem reajuste, inclusive este ano não teve nada. E ainda por cima, os aposentados e aposentadas estão descontando para a previdência. Então, é um salário de fome. É preciso lembrar também que a campanha de vacinação ainda não atingiu todo mundo. Milhares de alunos ainda não foram vacinados. Vamos chamar as entidades, as centrais e a categoria para não iniciar o ano letivo em todo o Brasil e conquistar os 31,3% de correção.

Professora Albetisa, você concorda com a proposta de não iniciar o ano letivo? (Ver resposta após o anúncio).

Profª Albetisa Moreira. Arquivos Dever de Classe.
Profª Albetisa Moreira. Arquivos Dever de Classe.

Concordo totalmente. A primeira coisa que temos de lembrar é que este ano ficamos sem reajuste, graças a um golpe do presidente Bolsonaro, que na calada da noite fez uma manobra e zerou o aumento do magistério já calculado em cerca de 6%.

O que fazer de imediato? 

A primeira coisa que tem de fazer é os trabalhadores da educação irem para as ruas, convocados por suas organizações sindicais para derrubar o governo Bolsonaro, porque fica muito difícil avançar em qualquer política social com esse governo.

E especificamente quanto ao piso da categoria?

É preciso sair do imobilismo, reabrir os sindicatos e preparar uma luta nacional com todos os educadores para evitar que o golpe no reajuste seja dado novamente. A única forma de garantir direitos é a mobilização. Vamos organizar uma greve nacional pelo piso dos professores.

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