pós aval da Suprema Corte do país ao projeto criminoso de leilão de escolas públicas, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), autor da ideia, anuncia entrega de mais 143 unidades ao setor privado. Segundo matéria da Folha de S.Paulo (19), em outubro e novembro do ano passado, Tarcísio já tinha realizado dois leilões para entregar 33 novas escolas estaduais para serem construídas e mantidas por grandes empresários, certamente financiadores de sua campanha eleitoral.

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A partir de agora, como o Supremo derrubou a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que proibia tais leilões, não apenas Tarcísio de Freitas se sentirá mais estimulado e livre para entregar escolas públicas aos setor empresarial. Muitos prefeitos e outros governadores também vão querer adotar a mesma medida. 

Na prática, isso é muito ruim não apenas aos alunos. Iniciativa, a médio prazo, fará com que servidor público desapareça dos estabelecimentos de ensino, embora os defensores do projeto em SP aleguem que a terceirização será apenas de "serviços não pedagógicos", como portaria, segurança, limpeza, alimentação etc. 

Com o tempo, ninguém se iluda, privatização será ampliada. Professores e demais funcionários — todos — serão contratados precariamente pelo setor privado, com salários mais baixos, pois o que está por trás dessa história toda é a ganância por lucro.

As escolas públicas e seus profissionais, portanto, correm perigo. É preciso que sindicatos laborais do setor atuem com muita força para que esse péssimo exemplo do governador Tarcísio, como fogo em mato seco, não se alastre por todo o Brasil.

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João R P Landim Nt

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