Isolados juntos, certamente também na cadeia
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DA REDAÇÃO | Aguarda-se para os próximos dias o desfecho sobre se Lula irá ou não para a prisão em decorrência da enorme perseguição política que sofre por parte da burguesia brasileira, dirigida pelo imperialismo norte-americano.
Em tal debate, é recorrente entre analistas de todas as matizes ideológicas a polêmica sobre se — caso Lula seja mesmo preso — as massas sairão às ruas para livrar o petista, ou se haverá apenas a indignação passiva dos que não foram treinados para reações mais fortes. (Continua após o anúncio).
Ninguém tem bola de cristal ou deve duvidar do que um povo, enraivecido, pode fazer. No entanto, nos inclinamos aqui a ponderar que, caso Lula seja mesmo posto injustamente na cadeia, as massas não sairão às ruas para livrá-lo do encarceramento.
Tal tese parece contraditória com o fato de que a maioria dos brasileiros quer Lula de volta à presidência da república, conforme atestam as pesquisas eleitorais dos próprios que querem bani-lo da vida pública do País.
Mas, se analisarmos alguns fatos, percebemos que a contradição existe apenas na aparência.
O PT e sobretudo o próprio Lula, há quase quatro décadas, empenharam-se disciplinadamente em dar uma espécie de "consciência eleitoral" aos brasileiros, em particular à classe trabalhadora e à juventude explorada do País. (Continua após o anúncio).
No que consistiu essa "consciência eleitoral"? Tal "consciência eleitoral" visou educar os trabalhadores e a maioria explorada da população a votar somente em quem tem acordo com os interesses sociais.
Com isso, Lula e o PT ajudaram a eleger para o parlamento e cargos do executivo uma infinidade de lideranças sindicais dos trabalhadores, líderes estudantis e de associações de bairros, personalidades e intelectuais progressistas da classe média, enfim...
Pode-se dizer, assim, que tal política foi (e continua a ser) um enorme sucesso, o que transformou o Partido dos Trabalhadores na mais poderosa máquina eleitoral do Brasil. E Lula, na maior e mais expressiva liderança popular brasileira.
No entanto, como o próprio nome sugere, tal "consciência eleitoral" tem um limite: a participação em eleições. Dessa forma, embora a maioria do povo vote hoje em Lula sem dar qualquer bola às calúnias que Globo e lava-jato disseminam contra o mesmo, essa mesma maioria tende a ficar passiva diante da eventual prisão do petista. (Após o anúncio, o parágrafo final).
É como se os milhões de eleitores de Lula dissessem: "O senhor nos ensinou a votar, por isso votamos no senhor de qualquer jeito, até se estiver na cadeia. Agora, pegar em paus e pedras para tirá-lo de lá... Ah! Isso o senhor não nos ensinou, não".
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