Sem crédito, Moro só fica no cargo se acobertar picaretagens dos bolsonaristas, diz colunista da Folha! Leia e compartilhe...

05/03/2019

Para alguns analistas, Moro não aguentará as pressões e sairá do governo. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil.

Moro só fica no cargo se virar um 'capachão do bolsonarismo. Hoje o seu grau de fidelidade é ainda muito baixo para os critérios do capitão

Política | É muito delicada a situação de Sérgio Moro no governo Bolsonaro. De super ministro da Justiça virou um reles sem crédito na pasta que ocupa. O presidente e os filhos o tratam como um cão vira-lata que vaga sozinho no meio das ruas. Para permanecer no cargo, segundo colunista da Folha, terá que se transformar num 'capachão' do bolsonarismo, conforme veremos mais abaixo.

Moro já foi impedido de nomear até uma mera suplente para o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, a competente Ilona Szabó. E teve de recuar no caso caixa dois e aceitar as desculpas de um cínico Onyx Lorenzoni. À frente do que era até bem pouco tempo, hoje não passa de um desmoralizado.

De tão desmoralizado e sem crédito, hoje o ex-juiz, segundo importantes analistas políticos brasileiros, precisa bajular o capitão e filhos se quiser permanecer no cargo para tentar ascender ao STF. Mas nem isso é certo. Após o anúncio, veja o que diz um destacado articulista da Folha sobre a triste e deplorável situação de Sérgio Moro.

Articulista da Folha Celso Rocha de Barros dá um aviso a Moro e pergunta:

"O senhor [Sérgio Moro] topa aderir ao programa 'Viktor Orbán' de Bolsonaro? O senhor topa acobertar as picaretagens dos bolsonaristas, discriminar minorias, perseguir adversários do governo?"

"Se não topar, cuidado. Porque na hora em que abrir vaga no STF, a Ilona [Szabó] pode ser o senhor." Será que o Moro dirá não e sairá do governo ou se tornará esse capachão descrito pelo colunista?

P.S: Viktor Orbán é o ditador que atualmente preside a Hungria e é acusado de corrupção. E Celso Rocha de Barros é servidor público federal e doutor em sociologia pela Universidade de Oxford — Inglaterra.