Luiz Alberto dos Santos é também Mestre em Administração, Doutor em Ciências Sociais e Consultor Legislativo (aposentado)
Na condenação indevida de Palocci, Moro escancara seu antipetismo e reforça predileção por um tipo de corrupto! Leia e compartilhe...
JUSTIÇA | O juiz Sérgio Moro, que atua na Lava-Jato, condenou hoje (26) o ex-ministro Antônio Palocci a 12 anos de prisão por suposta lavagem de dinheiro e corrupção passiva, envolvendo contratos com a Odebrecht na construção das sondas da Sete Brasil e o Estaleiro Enseada do Paraguaçu.
Antipetismo
A sentença, segundo a defesa do petista, é indevida, política e não baseada na lei. O advogado Alessandro Silvério argumenta que:
"Não houve determinação direta ou intervenção do ex-ministro na licitação das sondas", afirmou Silvério à Folha de S.Paulo. "Para o defensor, como não interferiu, Palocci não tem como ser condenado pelos delitos de corrupção e lavagem de dinheiro, que seriam inexistentes."
Diz ainda o advogado: "Se a atividade política [de palocci] está sendo considerada criminosa, é uma interpretação muito particular do Direito". Ou seja, pelo que se depreende das atitudes de Moro na lava-Jato, boa parte das ações do juiz são marcadas pelo forte antipetismo que o caracteriza. Foi assim quando grampeou e vazou ilegalmente ligação da presidenta Dilma com Lula, quando demonstra a todo custo que quer condenar o líder maior do PT, e agora na decisão contra Palocci. Quanto aos acusados do PSDB, Moro não dá um pio.
Predileção por um tipo de corrupto
Na mesma peça em que condena Palocci, Moro reforçou um argumento que abordou em evento na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, em abril, onde demonstrou ter predileção por corruptos que roubam para benefício pessoal. Argumenta que os corruptos que usam caixa dois em eleições "atrapalham a democracia" e por isso são piores.
"Talvez seja essa, mais do que o enriquecimento ilícito dos agentes públicos, o elemento mais reprovável do esquema criminoso da Petrobras, a contaminação da esfera política pela influência do crime, com prejuízos ao processo político democrático", afirma o juiz.
Ora vejam só quem fala em democracia! Moro, segundo renomados juristas do Brasil e estrangeiros, tem atropelado as leis e atuado de forma extremamente autoritária em todo esse processo. O ex-presidente da OAB do Rio, deputado federal Wadir Damous, qualificou recentemente o juiz como sociopata e aprendiz de torturador.
"A defesa de Palocci informou que irá recorrer da sentença, e argumenta que o ex-ministro não interferiu para favorecer a Odebrecht na licitação das sondas -o que, portanto, descaracterizaria os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro."
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