Ex-presidente, a partir de agora, terá de provar o impossível, ou seja, que é inocente, e cadeia é o seu fim mais certo, com pena que tende a não ser pequena
A importância do PL que aprimora o reajuste dos professores
Pelo menos três vantagens o Projeto de Lei 138/2022 traria de imediato aos docentes, em particular do ponto de vista salarial.
Compartilhe!
Sua contribuição é crucial, pois ajuda na cobertura dos custos mensais da página, para que possamos mantê-la atualizada. Obrigado.
ramita no Senado o Projeto de Lei nº 138/2022, de autoria do senador Radolfe Rodrigues (PT-AP). Medida altera a Lei Federal nº 11.738/2008, que instituiu o Piso Nacional do Magistério. As alterações propostas pelo parlamentar são muito favoráveis aos profissionais da Educação Básica que têm direito a esse piso nacional, em particular os professores. Pelo menos três vantagens tal PL, se aprovado, traria de imediato aos docentes, em particular do ponto de vista salarial. Eis:
Leia também:
- Corrigido pelo que está no projeto original proposto pelo senador, piso nacional em 2024 seria R$ 4.742,80, contra os R$ 4.580,57 em vigor. O ganho imediato seria de R$ 162,23. Ou seja, mais dinheiro incidindo no contracheque dos educadores, a depender do Plano de Carreira de cada um.
- O PL mantém as correções pelo custo aluno e determina que os reajustes anuais nunca poderão ser inferiores ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado no ano anterior, a chamada inflação oficial do governo. Isto evitaria o que ocorreu em 2021 e neste ano. No primeiro caso, enquanto custo aluno foi ZERO, inflação foi 10,74%. Como a atual lei do piso reza que a correção é apenas pelo custo aluno, prefeitos e governadores não deram nada ao magistério. E neste 2024, reajuste foi de apenas 3,62%, abaixo da taxa inflacionária, acima de 4%. Projeto de Randolfe corrige essa distorção.
- Medida traz outra importante novidade: texto determina que o Governo Federal pague — direto na conta bancária do(a) professor(a) — 1/3 do piso nacional, sem intermediação de prefeitos e governadores. Isto aliviaria enormemente o caixa de estados e municípios e enfraqueceria ainda mais o discurso dos gestores sobre não ter condições de honrar o pagamento.
Tramitação
Projeto tramita no Senado e, como o processo é bicameral, terá de ser revisado pela Câmara. Na primeira casa legislativa, PL está nas mãos da senadora Teresa Leitão (PT-PE). Em fevereiro deste ano, o Dever de Classe interpelou a parlamentar, que inclusive é professora e, também como sindicalista, sempre defendeu os interesses de sua categoria. Em resposta, sua assessoria informou que a mesma, em relação ao projeto, está tomando as medidas necessárias para que a valorização dos professores seja garantida. Leia AQUI
Em nossa opinião, por fim, é preciso que a CNTE e seus sindicatos atuem no sentido de pressionar os parlamentares para que tal projeto seja levado a votação e aprovação. Evidentemente, modificações para melhor ainda podem ser feitas.
Leia também:
Anúncio
Compartilhe!
Tópicos relacionados:
Dez matérias mais recentes:
Para Maércio Maia, governador Rafael Fonteles (PT) deve repor a inflação acumulada de 2024 e aplicar em seguida, de forma linear, o que rege a lei do piso nacional do magistério
O fato concreto é que a elite militar brasileira sempre teve o entendimento tosco de que ela é quem deve governar o País
Anuário do Todos pela Educação mostra que, embora tenha crescido, rendimento médio mensal dos profissionais do magistério da Educação Básica das redes públicas, com Ensino Superior, é 14% menor que o rendimento de outros profissionais assalariados com o mesmo nível de escolaridade
Publicação traz importantes dados sobre os docentes, como salário, carreira e formação
Grupo Folha, que envolve o PagBank, lançou neste domingo (17) mais três matérias onde sugere demissão e/ou corte salarial para 90% do funcionalismo
Teor oficial do corte de gastos ainda permanece nos bastidores, "mas é possível que traga dificuldades para o setor da Educação, embora correção de 2025 deva acontecer normalmente em janeiro", pondera especialista
Vinicius Torres Freire foi secretário de Redação da Folha de S.Paulo, e é mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA)
Texto expõe contradições entre o que o governador Rafael Fonteles diz e o que faz em relação a avançar na educação básica pública estadual
Matéria se refere a direito como "ponto fora da curva" e "deformação na máquina pública", e sugere que professor(a) não deve ter, por não ser carreira típica do Estado; jornalão ataca também enfermeiros e pessoal administrativo