Oposição tenta barrar na Câmara projeto do governo e Senado que congela salários dos servidores

05/05/2020

Economia / Rodrigo Maia e parlamentares governistas querem manter congelamento. Oposição diz que prejudicar funcionalismo é medida descabida e 'idiota'.

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Deputada Gleisi Hoffmann (PT) quer pressa na liberação de dinheiro a estados e municípios para ajudar no combate ao coronavírus, mas não aceita congelamento dos salários do funcionalismo. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados.
Deputada Gleisi Hoffmann (PT) quer pressa na liberação de dinheiro a estados e municípios para ajudar no combate ao coronavírus, mas não aceita congelamento dos salários do funcionalismo. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados.

Projeto aprovado no Senado que prevê congelamento dos salários dos servidores da União, estados e municípios até 2021 pode ser barrado na Câmara. Deputados de oposição ao governo Bolsonaro apresentaram hoje (5) mudanças na medida que resguardam os ganhos do funcionalismo.

UrgenteEducação fica fora do projeto que congela salários dos servidores

Devido à pressão dos deputados oposicionistas, já foi ampliado o número de categorias que ficarão fora do congelamento. Além do pessoal da segurança e dos profissionais da saúde, emenda aprovada hoje (5) pelo Plenário cita, entre outros, policiais legislativos, técnicos e peritos criminais, agentes socioeducativos, trabalhadores na limpeza urbana e os que atuam na assistência social. Mas o debate ainda continua. Continua, após o anúncio.

Prós e contras

Gleisi Hoffmann, Presidenta Nacional do PT, é uma das que saíram em defesa do funcionalismo e contra o congelamento dos salários dos servidores.

Rodrigo Maia e governistas querem manter o prejuízo ao funcionalismo, sob a alegação de que é preciso penalizar todo esse setor para que estados e municípios possam receber verbas para combater o coronavírus. Continua, após sugestão de matérias.

Medida 'descabida' e 'idiota'

Além da deputada Gleisi Hoffmann, outros parlamentares também se manifestaram contra o projeto do governo e do Senado.

Para José Guimarães (PT-CE):

"Não há nenhum governador irresponsável e que não saiba o que deve fazer nesse período de pandemia. Impor isso [congelamento de salários do funcionalismo] é uma chantagem descabida e indevida."

Guimarães diz também que o congelamento de despesas correntes de saúde, educação e segurança pública de estados e municípios é "desnecessário e idiota". Continua, após o anúncio.

Mais parlamentares contra

Alessandro Molon (PSB-RJ), Pedro Uczai (PT-SC) e Perpétua Almeida (PCdoB-AC) também fizeram falas para denunciar o projeto que penaliza os servidores.

Rodrigo Maia e governistas querem manter congelamento

Em defesa do projeto do presidente Bolsonaro e do Senado, se manifestaram Rodrigo Maia e outros governistas. 

Maia, para defender o congelamento, lembrou que 'o mais importante é manter a medida para que verbas sejam liberadas a estados e municípios para combate ao coronavírus'. Uma desculpa esfarrapada e demagógica, ressalte-se.

Já o líder do governo, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), declarou, em tom de ameaça: (Ver após anúncio).

"Havia uma corrente de que os servidores deveriam de alguma maneira contribuir no esforço que o País está fazendo para sair da crise. Poderíamos estar votando uma medida muito mais radical." 

Observe o tom da ameça do parlamentar.

Com informações de: Agência Câmara de Notícias


Aguarde a qualquer momento mais informações sobre a votação desse projeto.

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