Nos anos 1990, o capitão já defendia morte de 30 mil civis, entre os quais o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
Pec 32 e seus novos vínculos de contratação traz impactos negativos para atuais e futuros servidores
Se aprovada, Pec da Reforma Administrativa mudará a Constituição para trazer prejuízos imediatos ao funcionalismo, seja no modo de contratação ou no Regime de Previdência.
Publicidade
Economia | Nota Técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos — DIEESE — mostra os fortes impactos negativos que a PEC 32/2020 traz para o funcionalismo público dos três poderes da União, estados e municípios. Se aprovado, projeto que institui Reforma Administrativa trará prejuízos imediatos aos servidores, seja no modo de contratação ou no Regime de Previdência. Continua, após o anúncio.
Relacionadas:
- Deputados e senadores ficarão com boa parte dos R$ 300 bi que servidores perderão com reforma
- Servidor que se prepare: Arthur Lira promete a Bolsonaro votar Reforma Administrativa nos primeiros 100 dias
- PEC 32 acarretará demissão de muitos servidores, inclusive entre os que já têm estabilidade, diz advogado
- Especialista diz que Reforma Administrativa reduz de imediato o salário dos professores
- Jurista mostra a enorme contradição entre o reajuste do magistério e a Pec Emergencial!
Novo regime jurídico de pessoal
A PEC 32/2020 insere no texto constitucional o Art. 39-A, que determina a instituição de novo regime jurídico pelos entes, que irá compreender cinco novos vínculos com a administração pública:
- I - vínculo de experiência, como etapa de concurso público;
- II - vínculo por prazo determinado;
- III - cargo com vínculo por prazo indeterminado;
- IV - cargo típico de Estado; e
- V - cargo de liderança e assessoramento.
Os dois principais retrocessos nesses novos tipos de contratação se referem à questão da estabilidade e ao Regime de Previdência, conforme veremos após o anúncio.
Observe no quadro ilustrativo acima que mesmo os cargos típicos de Estado — minoria a ser definida em lei posterior — terão que enfrentar uma burocracia maior para adquirir a estabilidade. Os demais, não terão estabilidade nenhuma, tal como é no setor privado.
Quanto ao Regime de Previdência, apenas os cargos típicos de Estado se enquadrarão no Regime Próprio de Previdência Social do setor público onde estiverem. Os demais, serão enquadrados majoritariamente no Regime Geral de Previdência Social, a da iniciativa privada.
Como tais mudanças afetam os atuais servidores? (Ver após o anúncio).
Os atuais servidores serão prejudicados de duas maneiras com a Reforma Administrativa, caso seja aprovada. A primeira é porque também perderão a estabilidade e vários outros direitos já adquiridos serão vedados. Leia AQUI e AQUI.
A segunda é porque de imediato serão criadas duas categorias de servidores públicos: uma parte com alguns direitos, e outra com direito praticamente nenhum, que são os futuros funcionários.
Esses segundos não terão motivação para lutar, por exemplo, por reajustes salariais, o que prejudicará o pessoal mais antigo que ainda estiver na ativa.
Esse PEC 32/2020, portanto, é muito ruim para o funcionalismo público de todo o Brasil. Concurseiros e atuais servidores devem se unir para evitar que seja aprova.
Ajude com uma pequena doação de qualquer valor. Temos custos a pagar todos os meses e, para manter nossas publicações, precisamos de seu apoio. Se não quiser ou não puder doar, continue a nos acessar do mesmo jeito. Gratos.
Curta nossa página e receba atualizações sobre este e outros temas!
Mais recentes...
Ex-presidente, a partir de agora, terá de provar o impossível, ou seja, que é inocente, e cadeia é o seu fim mais certo, com pena que tende a não ser pequena
Para Maércio Maia, governador Rafael Fonteles (PT) deve repor a inflação acumulada de 2024 e aplicar em seguida, de forma linear, o que rege a lei do piso nacional do magistério
O fato concreto é que a elite militar brasileira sempre teve o entendimento tosco de que ela é quem deve governar o País
Anuário do Todos pela Educação mostra que, embora tenha crescido, rendimento médio mensal dos profissionais do magistério da Educação Básica das redes públicas, com Ensino Superior, é 14% menor que o rendimento de outros profissionais assalariados com o mesmo nível de escolaridade
Publicação traz importantes dados sobre os docentes, como salário, carreira e formação