No embate contra gestores caloteiros, entidades sindicais precisam usar vários tipos de recursos, todos imprescindíveis para que direito do magistério seja cumprido
Duas Pecs muito ruins ao funcionalismo, sobretudo para os professores
A PEC 66/2023 aniquila aposentados e atinge também os da ativa. A PEC 32/2020 acaba, na prática, com o perfil que se conhece no Brasil como servidor público, em particular os da Saúde e Educação.
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funcionalismo público brasileiro está sob a mira de dois projetos: PEC 66/2023 e PEC 32/2020. Se aprovadas, medidas trarão enormes prejuízos a curto, médio e longo prazos para a quase totalidade desse setor, em particular aos localizados na Saúde e Educação. Professores, enfermeiros e médicos estarão entre os maiores atingidos. No jargão popular, é o que se pode chamar de "duas bombas" mirando o funcionalismo.

Comecemos pela PEC 66/2023, inclusive já recém-aprovada no Senado. Iniciativa obriga estados, DF e municípios a aplicar — de forma automática, isto é, tão logo passe também na Câmara, todas as draconianas regras da Reforma da Previdência (EC 103/2019) do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Exceção será apenas aos entes que já fizeram reforma previdenciária pior que a aprovada no mandato do capitão.
Na prática, entre outros malefícios, PEC 66/2023 significa a imposição aos servidores de:
- Elevação da idade e do tempo de serviço para quem for se aposentar. No caso do magistério, nem é bom falar o que isso significa.
- Aumento obrigatório das alíquotas mensais de contribuição, inclusive para quem já está aposentado. Um autêntico confisco salarial.
- Redução das pensões e do benefício, principalmente para quem ingressou no serviço público depois de dezembro de 2023.
- Detalhe: essa PEC 66/2023 corre o risco de ser aprovada antes de dezembro, segundo alerta da CNTE.
- Leia mais sobre isso AQUI, AQUI e AQUI
Vamos agora à PEC 32/2020, também gestada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Governo Lula (PT) vem sendo bastante pressionado para aprovar esse projeto, mais conhecido como "Reforma Administrativa", cujo nome verdadeiro e que a grande mídia oculta é "Privatização do Estado Brasileiro".
O jornalão Folha de S.Paulo, por exemplo, tem dedicado recentemente muitos editoriais na defesa dessa medida.
Entre outros grandes prejuízos aos atuais e futuros servidores, PEC 32/2020 significa:
- Fim da estabilidade, inclusive para os concursados e estáveis, com possibilidade legal — já a curto prazo — de demissão sem justa causa, tal como no setor privado.
- Desmantelamento de todos os planos de carreira, com consequente diminuição e/ou achatamento salarial a partir das novas regras da medida.
- Fim ou diminuição drástica dos concursos públicos.
- Entrega da Saúde e Educação para o setor privado, inclusive estrangeiro.
- Detalhe: alta cúpula dos três poderes fica fora desse projeto:
Políticos, juízes, desembargadores, procuradores, auditores, ministros, delegados federais e outros desse mesmo time.
Não é preciso nem ponderar que Lula jamais deve deixar passar esse tipo de medida. Pelo menos é o que se espera entre os que o ajudaram a se reeleger para um terceiro mandato e o apoiam para uma nova reeleição.
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