Um dos maiores criminalistas do País quer investigação sobre a pensão ilícita que Moro confessou ter pedido a Bolsonaro

25/04/2020

Política / Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, quer saber quem iria pagar a recompensa: grandes empresários? A milícia bolsonarista? Quem?

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Ex-juiz diz que condicionou sua ida ao Ministério da Justiça a uma recompensa financeira futura. Facebook/Foto/Reprodução.
Ex-juiz diz que condicionou sua ida ao Ministério da Justiça a uma recompensa financeira futura. Facebook/Foto/Reprodução.

Em programa exibido sábado (25) na TV 247, quatro experientes advogados debateram, sob a coordenação do renomado jornalista Leonardo Attuch, o episódio em torno da saída do ex-juiz Sérgio Moro do Ministério da Justiça e do governo Bolsonaro

Logo no início da discussão, Antônio Carlos de Almeida Castro, mais conhecido como Kakay, abordou uma gravíssima confissão feita ao vivo por Moro. O ex-chefão da Lava Jato entregou que sua ida ao governo foi condicionada a uma recompensa financeira futura, uma pensão. Após o anúncio, o advogado diz que quer uma investigação para saber de onde sairia o dinheiro para pagar essa benesse ilícita e dá outros esclarecimentos.

Dinheiro viria de onde?

Kakay — considerado um dos mais experientes e respeitados criminalistas do País — questionou sobre de onde sairia o dinheiro para pagar essa benesse ilícita, a tal pensão: 

"Quem ia pagar essa pensão? É o grupo de empresários que já estava por trás sustentando esse pessoal? É a milícia? Será que a milícia é que ia pagar uma pensão depois pro ministro da Justiça que tinha a competência de coordenar as investigações? Pra mim esse foi o ponto mais grave daquela ópera bufa, [as explicações que Moro deu ao sair do governo]. Mas eu gostaria de uma investigação pra saber quem é que iria pagar essa pensão." Continua, após o anúncio.

Outros especialistas concordam

Os outros dois juristas que estavam presentes no debate, Lenio Estreck e Marco Aurélio, bem como a outra advogada que também participou do programa, Carol Proner, todos concordaram que essa pensão solicitada por Moro constitui um ilícito e que o caso de fato merece uma investigação.

É preciso exigir que algum órgão competente se pronuncie sobre tão gravíssimo fato.

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