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PIB alto deveria servir para melhorar a vida da maioria do povo
Com tanta riqueza, é inaceitável que maioria dos trabalhadores ganhe menos de dois salários mínimos.
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Segunda-feira, às 08:59
Economia | O governo do presidente Lula (PT) comemora volta do Brasil ao seleto clube das dez maiores economias do mundo. Alta no Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 foi de quase 3% ou, em números, US$ 2,17 trilhões, o que deixou para trás países como Rússia e Canadá. Muito bom. Parabéns!
Mas para onde vai mesmo tanta riqueza produzida pela classe trabalhadora brasileira? Para os muito ricos de sempre, como indicam documentos oficiais expostos pelo próprio governo.
Confira mais detalhes, após o anúncio.
Confira a lista das 10 maiores economias:
Estados Unidos: US$ 26,9 trilhões
China: US$ 17,7 trilhões
Alemanha: US$ 4,4 trilhões
Japão: US$ 4,2 trilhões
Índia: US$ 3,7 trilhões
Reino Unido: US$ 3,3 trilhões
França: US$ 3 trilhões
Itália: US$ 2,18 trilhões
Brasil: US$ 2,17 trilhões
Canadá: US$ 2,11 trilhões
Muito dinheiro para quem já tem dinheiro demais
Em 2023, segundo dados da Auditoria Cidadã da Dívida, colhidos no Ministério da Economia e Banco Central, o Orçamento Federal Executado (pago) foi de R$ 4,36 trilhões. Deste total, quase R$ 2 trilhões (43,23%) foram destinados para pagar juros e amortizações da famosa dívida pública. Quem se beneficiou? Banqueiros e megaempresários, grande parte estrangeira. Enquanto isso, para a Educação, por exemplo, foram destinados apenas 2,97% do orçamento total.
2024
Para este ano, a projeção não é diferente. Do Orçamento Federal aprovado, R$ 2,5 trilhões — 45,98% — vão novamente para os bolsos dos super ricos, na mesma e eterna rubrica de juros e amortizações da famosa dívida pública. Já para Saúde e Educação, apenas minguados 4% e 3%, respectivamente.
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Salários
Enquanto o Brasil presencia alta no PIB e maioria do dinheiro continua destinada a quem já tem dinheiro demais, dados do Censo IBGE 2022 apontam que 70% dos trabalhadores brasileiros ganham até dois salários mínimos, sendo que 35,63% recebem só um.
Mudar
Lula, até o fim de seu atual mandato e de um próximo que certamente terá, deve empreender esforços no sentido de mudar tal quadro vergonhoso de distribuição de renda no país. Neste sentido, intensificar as políticas públicas é um passo importante para, pelo menos, diminuir a desigualdade existente no território brasileiro.
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