A luta para aprimorar a lei do piso nacional dos professores é crucial para evitar o que ocorreu em 2021 e neste ano de 2024
"Professores do PI vão entrar no Bolsa Família", prevê líder sindical
Estimativa é por conta da política de achatamento salarial do governo Rafael Fonteles (PT).
PISO NACIONAL | Diante da negação do reajuste de 14,95% deste ano, e da proposta do governador Rafael Fonteles (PT) de instituir— de forma ilegal — abono como política salarial no Piauí, o líder sindical Evandro Santos dá o veredicto e prevê que em breve os professores da rede estadual piauiense vão entrar no programa Bolsa Família.
O dirigente do Sinte-Pi esclarece que sua previsão é por conta do achatamento de salários promovido no PI nos últimos anos, algo que o atual governo quer dar continuidade e sacramentar, nivelando todo mundo por baixo. "Daqui a pouco, todos poderão estar na faixa do programa federal", analisa o sindicalista.
Após o anúncio, entenda melhor o porquê das críticas do professor.
Entenda melhor o porquê da crítica
A correta e necessária crítica feita pelo professor Evandro Santos se dá porque o governador Rafael Fonteles fez aprovar na ALEPI um projeto de lei que nega o reajuste linear de 14,95% para o conjunto dos professores. O percentual de correção contempla apenas meia dúzia do magistério. Com isso, prejudica principalmente quem tem especialização lato ou stricto sensu.
Todos por baixo
Na prática, proposta do governador faz com que professor que só tem Ensino Médio ganhe praticamente igual a um doutor em final de carreira. A "lógica" do governo é fazer com que todo mundo ganhe apenas R$ 4.420,55, que é o valor nominal do piso nacional para este ano.
Além desse vergonhoso nivelamento por baixo, política do governo aprovada na ALEPI institui também uma espécie de abono mensal, contrariando a lei do Fundeb permanente e excluindo de forma persecutória os aposentados.
Greve
Na última assembleia da categoria ocorrida dia sete deste mês, ficou deliberado que os professores podem entrar em Greve Geral a partir de 13 de abril, caso o governo não cumpra os 14,95% linear para toda a categoria, tal como reza a lei 11.738/2008, aprovada no segundo governo do presidente Lula (PT).
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João R P Landim Nt
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