Portaria do Ministério da Educação apressa o cumprimento logo em janeiro. O Dever de Classe questionou o ministro Camilo Santana sobre a demora do anúncio, assessoria respondeu
Professor propõe medidas para retorno às aulas após a pandemia de Covid-19
Dentre outras ideias, educador sugere que seja feito um cronograma de reposição dos conteúdos vistos nas aulas remotas e adoção de um forte esquema de segurança nas escolas.
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Educação | O professor Paulo Sérgio Santos Rocha enviou um artigo para o Dever de Classe onde apresenta uma série de medidas que devem ser adotadas no retorno às aulas após a pandemia de Covid-19. Dentre as ideias levantadas, há a sugestão de que seja feito um cronograma de reposição dos conteúdos vistos nas aulas remotas e a adoção de um forte esquema de segurança nas escolas, com vistas à proteção contra o vírus. Após o anúncio, leia na íntegra o texto do professor.
Como deve ser o retorno das aulas Pós Pandemia
Por Paulo Sérgio Santos Rocha*
Por
causa da Pandemia da Covid - 19, milhões de estudantes estão sem aulas presenciais, devido as medidas adotadas por
governadores e prefeitos para controlar a propagação do coronavírus. Em alguns estados e
municípios já começam o retorno das atividades econômicas e, posteriormente, a volta das
aulas regulares. Muitas redes de ensino adotaram aulas remotas como uma forma de compensar essa
ausência de atividades pedagógicas e, para que se possa retornar as atividades
presenciais, é necessário seguir algumas medidas.
Leia também deste autor:
- A valorização da educação passa pelo professor
- Os desafios da Educação a Distância para professores e alunos
É importante que seja feito um cronograma de reposição, visto que, os alunos tiveram contato com conteúdos durante as aulas remotas e, o professor precisa saber o que deve ser repassado novamente e aquilo que foi aproveitado pelos estudantes. A escola necessita ter o controle do ensino remoto que foi executado pelos professores, bem como, a carga horária que está sendo trabalhada, os conteúdos e o mapeamento geral do que foi planejado, trabalhado e ficado pendente. Sabe-se que muitos alunos não tem acesso ao ensino remoto por diversos motivos e outros não tem aproveitamento necessário, quanto a isso, é essencial que seja feita uma avaliação diagnóstica a partir dos conteúdos previstos e ministrados durante o isolamento social. Continua, após o anúncio.
Depois da avaliação diagnóstica é importante que seja feito um plano de recuperação para os alunos que apresentaram dificuldades com relação àquilo que foi previsto e esperado em formas de aprendizagem. Tem-se que revisar todo o planejamento previsto para o ano de 2020, principalmente, as atividades extraclasse visando estabelecer quais poderão ser canceladas, modificadas ou mantidas. Após o calendário feito, com as datas definidas de reposição das aulas é necessário estruturar o plano explicitando o que, como e quando vai ser feito, para recuperar possíveis conteúdos atrasados, esses devem ser divididos em dois grupos: 1. Os essenciais, fundamentais e indispensáveis (pré-requisitos para o próximo ano). 2. Os secundários. A partir dessa divisão, os gestores e professores podem pensar na organização de atividades extras para trabalhar os conteúdos considerados secundários, aqueles não essenciais e que podem ser trabalhados de forma diferenciada por meio de projetos, pesquisas diversas etc.
Os gestores devem preparar o ambiente escolar, seguindo todas as recomendações dos órgãos de saúde visando à preservação da vida, saúde e segurança. Devem ser distribuídos máscaras, álcool em gel e copos de uso individual ou descartável para alunos e funcionários, bem como, o controle da entrada e saída com revezamento das turmas por escala de horários. Deve ser feito demarcações nas filas, higienização e desinfecção de toda a estrutura escolar, aferição diária de temperatura de estudantes e funcionários e orientar as famílias sobre os sintomas gripais que devem ser informados imediatamente à escola, mas ainda, a diminuição do número de estudantes por turma com a distância mínima de 1, 5 metros entre os estudantes e funcionários e liberação de alunos e profissionais do grupo de risco. Continua, após o anúncio.
Portanto, todas essa medidas devem ser executadas para que se possa diminuir os prejuízos dos alunos no tocante à aprendizagem escolar e preservação da saúde devido ao isolamento social, vale ressaltar que es escolas só poderão retornar as atividades após o pico da pandemia, logo os gestores devem dar todas as condições possíveis para o atendimento dessas demandas para que o retorno as atividades aconteçam de forma segura e satisfatória.
*Paulo Sérgio Santos Rocha é professor das redes Municipal de Teresina e Estadual do Piauí
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