CNTE exige que instituto divulgue com urgência as informações pendentes para evitar maiores prejuízos à educação básica do país
Reajuste do piso do magistério é outro entrave para retorno das aulas presenciais
Além da exigência de vacina para voltar às escolas públicas, professores querem também que correção do piso da categoria seja garantida, como ocorre desde 2010. Reajuste depende de despachos da Câmara dos Deputados e de respostas do MEC e Ministério Público Federal.
Publicidade

Educação | Além da vacina, que os profissionais do magistério exigem para voltar às escolas, um outro problema também dificulta o retorno das aulas presenciais nas escolas públicas de todo o Brasil: o reajuste do piso do magistério deste ano de 2021.
Uma portaria publicada pelo presidente Jair Bolsonaro em novembro de 2020 cancelou a atualização salarial prevista para este ano, cerca de 6%. Agora, tudo depende de despachos engavetados na Câmara dos Deputados e respostas do MEC e Ministério Público Federal. Após o anúncio, veja mais detalhes sobre o assunto.
Relacionadas:
- Jurista mostra manobra que Bolsonaro usou para não dar reajuste do magistério em 2021
- É preciso revogar ato que zerou reajuste do professor, diz advogado
- Dados oficiais mostram fortes indícios de pelo menos três graves crimes no ato que zerou piso do magistério
- Bolsonaro devia fazer uma live para explicar por que zerou o reajuste do magistério deste ano
Reajuste do Magistério 2021
Previsão até 25 de novembro de 2020 - 5,89% de correção. Após essa data: 0% (zero).
Por quê? Porque o presidente Bolsonaro publicou a portaria interministerial nº 03, em 25 de novembro de 2020.
O que dizia essa portaria e quais suas consequências? Essa portaria reduziu o custo aluno de R$ 3.643,16 para R$ 3.349,56. Com isso, o custo aluno de 2020 ficou menor que o de 2019, o que fez o percentual de correção de 5,89% cair para 0%. Continua, após o anúncio.

Que medidas estão sendo tomadas? A CNTE — após descobrir indícios de ilícitos na portaria interministerial 03 — ingressou com pedidos junto ao MEC e ao Ministério Público Federal para que a situação seja revertida. Site da entidade, até à data e horário desta postagem, não diz se já recebeu respostas. Além disso, há 14 projetos de decreto legislativo na Câmara que pedem que os efeitos dessa referida portaria sejam sustados. Nenhum até agora recebeu despacho de Rodrigo Maia, presidente dessa casa legislativa.
O que os profissionais do magistério podem fazer? No momento, é possível fazer pressão, principalmente pelas redes sociais. Caso as aulas retornem mesmo, é indicado iniciar uma Greve Geral.
Compartilhe e curta abaixo nossa página no Facebook, para receber atualizações sobre este tema.
Faça uma pequena doação de um valor qualquer para que possamos continuar a manter este site aberto. Caso não possa ou não queira colaborar, continue a nos acessar do mesmo jeito enquanto estivermos ativos. Gratos.
Doar com PagSeguro
Curta nossa página e receba atualizações sobre este tema!
Mais recentes sobre educação...
Isenção de IR para professor e União bancar 1/3 do piso do magistério | Resultado de enquetes
Maioria dos internautas votou favorável aos dois temas de interesses dos profissionais do magistério
Após aval do STF para privatização de escolas no estado de São Paulo, prefeitos e outros governadores podem querer ampliar projeto para todo o país; iniciativa, a médio prazo, fará com que servidor público desapareça dos estabelecimentos de ensino; professores e demais funcionários serão contratados precariamente pelo setor privado
"Estou muito, muito decepcionado, muito mesmo", disse um leitor do Dever de Classe, entre tantos que nos enviaram e-mails em todo o Brasil
"A Prova Nacional Docente usará como referência a prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes das Licenciaturas (Enade), aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), desde 2024"
Hugo Motta diz que o foco deve ser também "os recursos a serem melhor investidos, a infraestrutura das escolas, a melhoria da merenda escolar e a aplicação das novas tecnologias no ensino"