Publicação traz importantes dados sobre os docentes, como salário, carreira e formação
Novo Ensino Médio quintuplicou trabalho docente
Afirmação é do educador e doutor em ciências pela USP) Fernando Cássio. Pesquisador defende que reforma seja revogada.
EDUCAÇÃO | Em artigo publicado na Folha de São Paulo em 24 de fevereiro último, o educador e doutor em ciências pela USP Fernando Cássio aponta uma série de problemas no novo Ensino Médio. Um deles, gravíssimo — refere-se ao aumento do trabalho dos professores, ocasionado pela fragmentação curricular dos "itinerários formativos", as famosas mini disciplinas, tipo: "Brigadeiro Caseiro", "O que "Rola por Aí?" e "Sonhando Alto". Pesquisador defende que reforma seja revogada.
Após o anúncio, confira os principais problemas da reforma levantados pelo educador.
Destaca o pesquisador
Sobre aumento do trabalho docente:
- "A falta de professores, com a intensificação do trabalho docente, é um efeito previsível e imediato das mudanças. Docentes tiveram o trabalho quintuplicado pela fragmentação curricular dos "itinerários formativos", minidisciplinas esvaziadas de conteúdo e com títulos como "Superar desafios é de humanas".
Sobre os alunos:
- "Os estudantes do período noturno, a quem a reforma prometeu o aumento da carga horária, estão recebendo ensino a distância "à la pandemia": ou seja, nenhum. No horizonte de "aprimoramentos" da reforma também não há políticas para que estudantes trabalhadores possam acessar o ensino em tempo integral, reservado aos mais privilegiados nas redes públicas."
Continua, após o anúncio.
Sobre a qualificação profissional:
"A "qualificação profissional" que a reforma do ensino médio também prometeu é hoje um ajuntamento de cursos de curta duração que substituem conteúdos escolares. Quando muito, as redes ofertam aulas de administração, marketing ou informática ministradas por escolas terceirizadas e com carga horária inferior a cursos técnicos regulares, não fornecendo habilitação profissional."
Sobre a "liberdade de escolha" dos estudantes:
"A "liberdade de escolha" dos estudantes, chamariz do projeto, revela-se inviável na prática, seja pela falta de salas e de professores, seja pela impossibilidade de organizar calendários e rotinas das escolas com a multiplicidade de novos componentes curriculares."
Sobre revogar a reforma:
"A reforma do ensino médio é irreformável. A revogação não há de ser mais radical do que a insólita MP que a colocou de pé, à revelia de educadores, das comunidades escolares e da sociedade brasileira que almejam uma escola pública que, acima de tudo, garanta acesso ao conhecimento."
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