Portaria do Ministério da Educação apressa o cumprimento logo em janeiro. O Dever de Classe questionou o ministro Camilo Santana sobre a demora do anúncio, assessoria respondeu
Sem vacina segura para todos, ninguém deve voltar às aulas presenciais em 2021
Além da questão da Covid-19, há também outros fatores que desestimulam a volta às escolas, como a promessa de reajuste zero no piso do magistério e a privatização do Fundeb.
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Educação | A incerteza quanto à aplicação de uma vacina segura contra a Covid-19 pode fazer com que as aulas presenciais não voltem em 2021 no Brasil. A pandemia está longe de ser controlada, o presidente Bolsonaro continua a desdenhar da doença e mais casos e mortes continuam a amedrontar os brasileiros, em particular os educadores, alunos e seus familiares. Já são mais de 181 mil óbitos e quase 7 milhões de casos em todo o território nacional. Entre as vítimas, inclusive fatais, muitos educadores e estudantes. Dê sua opinião na enquete mais abaixo.
Outros fatores
Além da gravidade da pandemia, outros fatores também dificultam o retorno às aulas presenciais em nosso País, como a promessa de reajuste ZERO no piso nacional do magistério para o próximo ano e a privatização do Fundeb, tal como veremos após o anúncio.
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Bolsonaro trabalha para que não tenha volta às escolas
Apesar de nunca sequer ter concordado com o fechamento das escolas, mesmo no auge da pandemia, o presidente Bolsonaro faz de tudo para que elas permaneçam fechadas. É abertamente contra uma vacinação em massa no País, dá declarações diárias incentivando o povo a não se vacinar e, no caso específico do magistério, adotou outras medidas que dificultam ainda mais o retorno às aulas presenciais.
Reajuste ZERO no piso do magistério em 2021
Uma dessas medidas é a portaria interministerial 03, publicada por Bolsonaro em 25 de novembro. Tal instrumento zera o reajuste do piso do magistério para 2021. Antes, já estava assegurado um reajuste de 5,9%. Mas, ao reduzir o valor do custo-aluno de R$ 3.643,19 para R$ 3.349,56, a correção sumiu pelo ralo. Continua, após o anúncio.
Privatização do Fundeb
Fora a pandemia e o reajuste Zero no piso dos professores, outro forte entrave para o retorno às aulas em 2021 é a privatização do Fundeb. A mando de Bolsonaro, deputados e partidos de direita aliados do governo na Câmara votaram na sessão ocorrida no último dia 10 que o dinheiro público do Fundo agora também pode ser transferido para escolas privadas. Isto afetará cofres de estados e municípios, sobretudo das regiões mais pobres, o que certamente inviabilizará o funcionamento normal das escolas, com ou sem pandemia. O que foi aprovado na Câmara ainda terá que passar pelo Senado.
Em síntese: dificilmente aulas presenciais voltam em 2021.
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