"Puseram um jacaré sobre meu corpo nu", diz historiadora!
"Umas [torturas] mais simples, como socos e pontapés. Outras mais grotescas, como ter um jacaré andando sobre o meu corpo nu. Recebi muito choque elétrico e fiquei pendurada no chamado pau de arara"
DA REDAÇÃO | Em 2013, a pesquisadora Dulce Pandolfi, da Fundação Getúlio Vargas, contou, no plenário do Legislativo estadual do Rio de Janeiro, sua experiência nas masmorras da ditadura militar que perdurou no Brasil de 1964 a 1985. O relato é de terror. Leia alguns trechos, após o anúncio:
- "Durante os mais de três meses que fiquei no DOI CODI, fui submetida, em diversos momentos a diversos tipos de tortura. Umas mais simples, como socos e pontapés. Outras mais grotescas como ter um jacaré andando sobre o meu corpo nu. (Grifo nosso).
- Recebi muito choque elétrico e fiquei muito tempo pendurada no chamado "pau de arara": os pés e os pulsos amarrados em uma barra de ferro e a barra de ferro, colocada no alto, numa espécie de cavalete.
- Um dos requintes era nos pendurar no pau de arara, jogar água gelada e ficar dando choque elétrico nas diversas partes do corpo molhado. Parecia que o contato da água com o ferro, potencializava a descarga elétrica. Embora, essa tenha sido a tortura mais frequente havia uma alternância de técnicas. Uma delas, por exemplo, era o que eles chamavam de "afogamento". Amarrada num cadeira, de olhos vedados, tentavam me sufocar, com um pano ou algodão umedecido com algo com um cheiro muito forte, que parecia ser amônia". (Continua, após o anúncio)
A família Bolsonaro defende abertamente esse período sombrio de nossa História. O presidenciável Jair Bolsonaro já chegou inclusive a declarar que é a favor de censura e de matar uns trinta mil no País. Não à toa o Guilherme Boulos (PSOL) disse que Bolsonaro não é um candidato e sim um criminoso.
Com informações de: outraspalavras.net
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