Direito de ir para casa "antes" não cobre o altíssimo desgaste físico e emocional de anos e anos de trabalho com salários aviltantes; e ainda querem piorar a lei
Não dá para enfrentar a sala de aula sem valorização

Apesar do arrocho, é possível criar um quadro mais favorável aos profissionais do magistério.
EDUCAÇÃO | O ano letivo de 2024 começa em fevereiro em todo o País. Está perto, portanto. Com isso, o velho discurso de que "os professores são imprescindíveis ao progresso da Nação" se repete. Demagogia pura.
Na verdade, apesar dos "elogios", o que continua a ser pago a quem faz o dia a dia da sala de aula no Brasil — tanto no setor público quanto no privado — é extremamente desestimulante, para dizer o mínimo. Refiro-me aqui mais especificamente aos que atuam na educação básica.
Basta ver todo ano a novela sobre o reajuste do piso nacional do magistério, cujo índice de correção para 2024 é de apenas 3,62%. Mesmo um índice tão baixo, prefeitos e governadores enrolam, mentem, agridem os professores e... Simplesmente não pagam na maioria dos estados e municípios. E o pior é que fica por isso mesmo.
No setor privado, a mesma coisa. Um amontoado de turmas e alunos, cobranças excessivas e salários bem abaixo do que os educadores merecem para dar conta de tanto trabalho. É muita exaustão para pouco dinheiro.
Tal política de desvalorização pode ser mudada? Sim, claro que sim. O arrocho não cai do céu, por isso pode ser alterado.
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Para mudar a política de desvalorização dos profissionais do magistério — nas escolas públicas e particulares — é preciso, em minha opinião, uma nova tomada de consciência sobre como tal problema tem sido enfrentado ao longo dos anos.
Neste sentido, podemos indagar: as direções sindicais que atuam no setor têm sido eficientes para a melhoria salarial e das condições de trabalho dos educadores? Não.
Por outro lado, nossos colegas comparecem em massa a uma assembleia geral para discutir os problemas, quando são chamados? Não mais uma vez.
É preciso, pois, repensar sobre como envolver a categoria nas lutas que devem ser travadas em defesa dos profissionais do magistério. Não dá para baixar a cabeça, sob pena de a valorização que tanto queremos e merecemos ficar todo ano só nos eternos discursos de oportunistas e demagogos.
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João R P Landim Nt
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