Volta às aulas na pandemia intensificará Síndrome de Burnout nos professores, diz especialista

05/01/2021

A tensão e o estresse naturais da sala de aula serão agravados pelo medo da Covid-19. Por isso, maioria dos docentes só quer voltar às escolas após liberação de vacina para todos.

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Imagem ilustrativa: aplicativo Canva.
Imagem ilustrativa: aplicativo Canva.

Educação | A psicopedagoga mineira Clara V Martins conversou com o Dever de Classe através do Messenger e disse que a volta às aulas presenciais anunciadas nos estados ainda na pandemia intensificará Síndrome de Burnout nos professores, em particular das redes públicas de estados e municípios. Ela explica que a tendência é o estado de tensão e o estresse naturais da sala de aula crescerem nos docentes por conta do medo de se contaminarem com o coronavírus. "É um problema a mais de saúde para o magistério", diz. Veja, após o anúncio.

O que diz a psicopedagoga:

A chamada Síndrome de Burnout é, segundo autoridades médicas, "um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes. Essa síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso, como os professores."

"Ora, quem conhece uma sala de aula e o dia a dia de uma escola, em particular pública de estados e municípios, sabe o quanto é tensa e estressante a vida dos docentes. Salários baixos, jornadas excessivas, salas numerosas, condições de trabalho no geral ruins, indisciplina dos alunos, falta de reconhecimento do trabalho desenvolvido, enfim, tudo isto já é um coquetel mortífero para os educadores. Agora imagine acrescentar a essa fórmula o medo da Covid-19 e o perigo real de contrair a doença... Quem suportará? Por isso, sem meias palavras, aconselho: professor(a), só volte à sala de aula vacinado(a). Ponto final." Continua, após o anúncio.

Veja o quadro geral da previsão de volta às aulas no Brasil

Previsão de retomada presencial em janeiro: Piauí e Goiás.

Previsão de retomada presencial em fevereiro: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Ceará e Pernambuco.

Previsão de retomada presencial em março: Acre, Alagoas e Sergipe. Continua, após o anúncio.

Previsão de retomada em 2021, mas sem data definida: Amapá e Pará.

Previsão de data para a retomada, mas sem definição sobre o formato: Espírito Santo, Distrito Federal, Maranhão, Rio de Janeiro e Paraíba,

Sem previsão de retomada presencial: Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Rondônia, Amazonas e Roraima.

Com informações de: UOL Notícias, a partir de informações das secretarias estaduais de educação.

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