Evento acontece de 17 a 19 de setembro e é organizado pelo Grupo de Estudos de História e Economia Política (Gmarx) da USP, em parceria com a Escola de Formação Luiz Carlos Prestes
A naturalização do horror em "Zona de Interesse"
O longa mostra que os nazistas não eram monstros perversos de outro planeta, mas sujeitos ordinários da terra e com aspirações banais.
Domingo, às 05:44
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cabo de ver o impactante Zona de interesse. Prêmio merecido de melhor filme estrangeiro, o longa metragem retrata o cotidiano do comandante do campo de concentração de Auschwitz, chamado Rudolf Hoss.
Hoss exerce seu trabalho de forma brilhante como um gerente de qualquer empresa atual. Tem aspirações comuns de qualquer indivíduo contemporâneo, ou seja, educar seus filhos e conseguir promoções no seu emprego. Vive com sua família, numa mansão paradisíaca ao lado do campo de concentração.
O filme mostra o cotidiano da família Hoss ao som abafado dos horrores das instalações vizinhas. Em todo o filme, o barulho das mortes e do labor escravo dos judeus é ouvido no cotidiano bucólico e idílico da família Hoss.
A mansão é toda equipada para embelezar e esconder o horror do campo de concentração. O que intriga no longa metragem é que um dos maiores genocídios da humanidade foi praticado pelo cidadão com aspirações banais, ou seja, que desejava apenas obter promoções em seu emprego para sustentar sua família.
Hoss era um homem amável com sua esposa e seus filhos, um "cidadão exemplar", por assim dizer. Hoss age como um CEO que pensa na melhor maneira de otimizar lucros e desenvolver a tecnologia da sua empresa. Dessa forma, o filme mostra como um dos piores horrores da humanidade foi naturalizado, legitimado e justificado por pessoas comuns.
O longa mostra, enfim, que os nazistas não eram monstros perversos de outro planeta, mas sujeitos ordinários da terra e com aspirações banais. O genocídio foi praticado por indivíduos comuns. Eis o que torna o nazismo mais cruel, pois foram pessoas convictas de suas idéias e que usaram os recursos tecnológicos mais sofisticados a fim de tornar mais eficaz a morte de milhões de judeus.
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João Rosa Paes landim Neto
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