Com a proximidade do reajuste do magistério para 2025, gestores buscam manipular texto da lei para tentar burlar correção salarial. Especialista explica como deve ser.
Banqueiro bate de novo duríssimo na estabilidade dos servidores públicos
Grupo Folha, que envolve o PagBank, lançou neste domingo (17) mais três matérias onde sugere demissão e/ou corte salarial para 90% do funcionalismo
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Editorial deste domingo (17) da Folha de S.Paulo ataca mais uma vez, de forma duríssima, a estabilidade dos servidores públicos no Brasil. Título e subtítulo:
"Estabilidade no Brasil é anomalia global"
"Garantia, que trava a gestão, vale para 65% dos servidores e deveria ser limitada a pouco mais de 10% em funções de Estado" (Grifos nossos)
Demissão em massa
Na prática, o que o jornalão paulista e seu dono banqueiro defendem é a possibilidade de corte salarial e/ou demissão em massa de servidores da União, estados, DF e municípios. Leia-se:
- professores e técnicos da Educação;
- pessoal da saúde; e
- administrativos em geral
Tais servidores não são considerados "funcionários em função de Estado".
Em trechos mais abaixo do referido editorial, isto pode ser conferido de forma muito direta e clara. Lembrando aqui que o editorial de um veículo de comunicação expõe o que o dono do órgão pensa sobre qualquer assunto em debate.
Continua, após a sugestão de matérias
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Trechos do editorial
Demissão e corte de salários
Na pandemia, quando empresas privadas se viram obrigadas a demitir e cortar salários autorizadas por medida provisória, os funcionários estáveis seguiram incólumes e sem cortes nos vencimentos. (Grifos nossos).
Neste trecho, o editorial defende abertamente a demissão e/ou corte salarial de servidores públicos, algo que só não ocorreu na pandemia, por exemplo, por causa da estabilidade do funcionalismo, mecanismo que o dono da Folha de S.Paulo quer obrigar o presidente Lula a extinguir.
Elite
Países como Reino Unido, Espanha e Alemanha têm bem menos trabalhadores nessa condição [com estabilidade]. Na maioria dos casos, a prerrogativa, quando existe, é restrita às carreiras de Estado —sem equivalentes no setor privado, como policiais, juízes e auditores fiscais. (Grifos nossos)
Sem meias palavras, o que o editorial defende é que a estabilidade deve ser apenas para pouquíssimos e elitizados seguimentos do setor público, como os citados: policiais [federais], juízes e auditores fiscais.
Alvos
No Brasil, três quartos dos servidores atuam em funções amplamente encontradas no mercado, como pessoal administrativo, professores e médicos.
Neste trecho, o editorial tenta empurrar a tese absurda — que servidores públicos devem ser regidos também pelas regras do mercado, e cita seus alvos: pessoal administrativo, professores e médicos [e enfermeiros].
Uma vergonha! Categorias, CNTE, CUT, sindicatos de trabalhadores e partidos de esquerda devem ficar bem atentos quanto a essa questão.
Leia o editorial AQUI
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